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Audiência trata sobre retorno do serviço de plasmaférese no Hemopi

Conforme o Ministério Público do Piauí, a ação foi realizada nessa quarta-feira (06) e o serviço de plasmaférese estava interrompido devido questões orçamentárias.

Nessa quarta-feira (06), o Ministério Público do Piauí, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, promoveu uma audiência itinerante para discutir sobre a reativação do serviço de plasmaférese no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI), direcionado aos pacientes do Sistema único de Saúde (SUS). O serviço estava interrompido devido questões orçamentárias.

De acordo com o MPPI, o promotor de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes, da 12ª PJ da capital, especializada na defesa da saúde pública, foi responsável por realizar as atividades de inspeção para averiguar as condições de funcionamento e estrutura da Unidade de Terapia Intensiva do HGV.

Foto: Divulgação/MPPIAudiência itinerante realizada pelo MPPI.
Audiência itinerante realizada pelo MPPI.

Ainda segundo o órgão ministerial, o encontro faz parte do início do projeto ministerial de audiências itinerantes promovidas em unidades de saúde que visam resolver as pautas referentes a assistência de saúde, in loco.

O MPPI informa que o serviço de plasmaférese é um processo utilizado para diversos tipos de doenças, como rejeições pós transplantes, renais, doenças neurológicas e hematológicas. Nesse tratamento especializado realiza-se a retirada de sangue dos pacientes e seus componentes são separados.

A audiência contou com a presença do Diretor-Geral do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Osvaldo Mendes, o diretor do Hemopi, Jurandir Martins, o representante da Secretaria de Saúde do Estado (SESAPI), Ivo Lima, e a representante da Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH), Fátima Garcêz. Além disso, também estiveram presentes a coordenadora da Central de Transplantes do HGV, Lourdes Veras, e a coordenadora de Transplante Renal do HGV, Celina Castelo Branco.

Segundo o diretor-geral do HGV, Osvaldo Mendes, a discussão sobre a pauta no próprio local propiciou maior participação dos envolvidos e diversos encaminhamento relevantes destinados a comunidade.

“A oportunidade de tratar dessa pauta no próprio local, com a participação dos atores envolvidos com a questão, foi muito proveitosa. O Hemopi se compromete a fazer uma escala de profissionais para realizar o tratamento, no sentido de que não haja necessidade de transferência a outro estado e que a SESAPI seja responsável pelo financiamento”, ressalta o gestor.

De acordo com o Promotor de Justiça, Eny Pontes, a partir da promoção da audiência foi possível constatar grande dificuldade na implantação dos procedimentos de plasmaférese, devido principalmente a questão financeira.

“A falta de disponibilidade para pagar os profissionais habilitados para esse serviço é imensa. Mas houve uma sinalização, por parte da SESAPI, de que nos próximos dias será resolvida essa pendência. A SESAPI garantiu que haverá o pagamento da escala dos médicos para realizar o serviço, ou a contratação de uma pessoa jurídica para essa prestação”, destacou o promotor.

Dessa forma, ao fim da reunião o MPPI estabeleceu um prazo de 15 dias para informar a quantidade de profissionais necessários na realização dos procedimentos em questão.

Além disso, o órgão definiu que deve ser realizado um levantamento acerca da quantidade de pacientes que estão sendo transferidos devido o serviço, bem como uma nova inspeção no Hemopi com o objetivo de verificar a aplicação dos procedimentos.

Por fim, após a audiência o representante do órgão ministerial junto ao coordenador das UTIs, Calby Medeiros, realizou uma vistoria nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Getúlio Vargas (HGV).

Na oportunidade o promotor averiguou o local e constatou que espaço destinado às alas de UTI está em plenas condições de funcionamento, com salas equipadas, maquinário apto para uso, farmácias contendo medicamentos disponíveis para todas as solicitações, bem como equipe multidisciplinar suficiente para atender a demanda.

Ainda segundo o MPPI, uma reforma realizada no centro em dezembro de 2021 assegurou a instalação de 20 novos leitos, ao total atualmente há 40 leitos no local.

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