Comerciantes do Mercado do Dirceu II reclamam de falta de estrutura
A Saad Sudeste informou que com relação a obra da estrutura no Mercado do Dirceu II, há uma emenda parlamentar que aguarda trâmites para licitação.
Muitas famílias tiram o seu sustento diário através do comércio, como é o caso de diversos permissionários que trabalham no Mercado do Dirceu II, localizado na zona Sudeste de Teresina. Ao Viagora os feirantes relataram que local está marcado pelo abandono e falta de estrutura além da deficiência na segurança e precariedade.
Para a comerciante Eliane, que já trabalha no mercado há oito anos, o espaço pede por uma reforma significativa na limpeza, estrutura e organização para que se possa retorna com o movimento de clientes e resgatar a dignidade do local. A feirante ainda ressalta que, das poucas mudanças realizadas, como a cobertura de telhas sobre as banquinhas, foram obras dos próprios permissionários já que não existe incentivo de verba para melhorar a estrutura.
“Precisa da infraestrutura e de uma construção. Por que para nós trabalharmos precisamos de uma estrutura melhor e falta o compromisso dos políticos, que vem aqui no período de eleição, e só falam. Aqui quando chove alaga, fica tudo sujo, então foi preciso eu tirar do próprio bolso para construir essa coberta se não eu que iria perder mercadoria e com os clientes.”, pontou a comerciante.
Conforme o vendedor autônomo, Alberto José, que atua na região desde 1997, outro grande problema do mercado se concentra no acúmulo de lixo e na quantidade de animais que rodeiam o espaço e causam transtornos. O permissionário conta que, apesar de haver a empresa responsável pela limpeza, a falta de fiscalização faz com que evasores depredem o local.
“Segurança péssima, aqui nós temos que pagar um vigia pra andar no mercado e não roubarem. Se não me botar no outro dia não tem nada. Eu gostaria que um dia fosse reformado, mas que eu vou morrer e não vou reformar aqui não. Tem gente que nem conhece o mercado que não vem aqui porque é sujo, só fede.”, destacou o feirante.
A moradora Marina, que vive no Dirceu desde sua criação e frequenta o Mercado diariamente, conta que o espaço está abandonado pelas autoridades onde grande parte dos permissionários deixam seus pontos para buscar outras formas de vida justamente pela deterioração que se encontra atualmente. A idosa fala que ainda existem poucos clientes, como ela, pela falta de opção que no bairro. Mas que, por conta da sujeira e insegurança, o local representa um risco tanto sanitário como urbano.
“Não existe Mercado, só uns pontinhos que os próprios feirantes ainda fazem, não tem proteção de nada para guardar as coisas, tem muito a desejar. Os políticos só falam, mas não realizam. Por aqui a noite, ninguém passa, não tem iluminação e nem segurança. Aqui tem acumulo de água parada, muita sujeira no chão, então isso é um risco para nossa saúde que compra aqui.”, finalizou a cliente.
Outro Lado
O Viagora procurou a Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) Sudeste através da assessoria de imprensa, emitiu nota sobre o caso.
Confira abaixo a nota na íntegra:
A Saad Sudeste informa que com relação a obra da estrutura no Mercado do Dirceu II, há uma emenda parlamentar direcionada pelo então deputado federal Fábio Abreu. A obra agora aguarda os trâmites necessários para licitação de contratos e as demais etapas necessárias para o início das reformas.
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