Familiares se despedem de Flávia Wanzeler sob forte comoção

Na manhã desta segunda-feira (13), sob grande comoção, amigos e familiares de Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 23 anos, se despediram da jovem assassinada a tiros durante uma tentativa de assalto nesse domingo (12), na Avenida Homero Castelo Branco, na zona Leste de Teresina. O velório da estudante de medicina aconteceu na Pax União, localizada na Miguel Rosa, região Centro-Sul da capital.

O avó Abdias Sampaio, falou ao  Viagora que espera a justiça divina, e deseja o fim da violência no Piauí e no Brasil. Ele também destaca que o estado perde uma grande profissional da área da saúde, e afirma que sua neta era bastante dedicada.

Foto: Matheus Santos/Viagora

Movimentação no velório de Flávia Wanzeler

Foto: Matheus Santos/Viagora

Abdias Sampaio

O primo da jovem, Mateus Nunes, afirma que a família foi pega de surpresa com a lamentável notícia do crime, e que a Secretaria de Estado de Segurança do Piauí, assim como o delegado Baretta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), estão dando total apoio e investigando o caso.

“Fomos pegos todos de surpresa, muito desagradável a notícia, a gente ainda não sabe ao certo como tudo aconteceu, mas a Secretaria de Estado já se pôs em ajudar a gente, na investigação e tudo. O delegado Baretta disse que já está i9nvestigando, já conseguiram as câmeras. Então, só queremos que seja feito a justiça, não porque é uma pessoa da família, mas era uma pessoa jovem que foi assassinada brutalmente, sem defesa, sem nada, a família está muito arrasada, muito triste e abatida”, frisou o familiar.

A tia de Flávia, Glenda Wanzeler, descreve que a sobrinha era uma pessoa boa, com muitos sonhos e apaixonada por pessoas. “A Flávia não era só uma estudante de medicina, a Flávia era amor, era fé, era doce, uma filha maravilhosa. Ela gostava de cuidar das pessoas, ela tratava os irmãos como se fossem filhos, tinha um grande sono de ser mãe. Ontem minha irmã me disse que ela falou ‘mãe estou tão feliz, vou realizar mais um sonho’, que era conhecer gramado. Então a Flávia era isso. Era empreendedora, desde os 12 anos fazia bolo pra vender, ela sempre foi em busca do que ela queria, a Flávia era uma menina que não gostava de sair, só gostava de estudar, muito esforçada. Mas eu tenho certeza que Deus tem um propósito para ela”, cravou.

Foto: Matheus Santos/Viagora

Glenda Wanzeler

Na oportunidade, Glenda faz um apelo para as autoridades do Estado e de Teresina, que possam trabalhar para que população se sinta segura ao saírem nas ruas.

“Um momento de muita tristeza, muita dor e muita revolta também. Pedimos por justiça, não só pelo caso da Flavinha, mas por todos os casos. Recebi ontem lá no IML que já tinham mais de oito homicídios só ontem, então que não seja só para resolver o caso da Flávia, mas todos. E que a gente possa viver numa Teresina mais segura, e cobrar dos gestores sim! Quando se vê de fora, você se revolta e nada faz, mas quando você perde alguém, você vê que tem que fazer alguma coisa, precisa cobrar das autoridades sim! O que vimos das autoridades ontem? Todas elas colocando nas suas redes sociais se aproveitando daquele momento, pra quê? Só pra likes, porque nem a gentileza de colocar o nome dos pais, eles só copiam e colam, e colocam lá. Mas o que eles têm que fazer não é isso. Eles deputados, vereadores que vi, estavam estampados em todos os Instagram deles, que eles façam alguma coisa, não é?”, finalizou.

Sobre o caso 

Na tarde desse domingo (12), uma estudante de medicina, de 23 anos, morreu após ser baleada durante uma tentativa de assaltado na av. Homero Castelo Branco, na zona Leste de Teresina. A jovem identificada como Flávia Cristina Sampaio Wanzeler Sampaio, ainda chegou a ser levada para o hospital particular, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).