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Prefeitura de Teresina aciona justiça para garantir pagamento de garis

O consórcio, responsável pela gestão da limpeza na cidade, é formado pela Recicle, sócia majoritária com 65% de participação, e pela Aurora, detentora dos 35% restantes.

A Prefeitura de Teresina anunciou medidas para resolver os atrasos no pagamento dos trabalhadores da limpeza urbana, que foram afetadas por uma disputa entre as empresas que compõem o consórcio EcoTeresina.

Segundo a gestão municipal, o consórcio é formado pela Recicle, sócia majoritária com 65% de participação, e pela Aurora, que detém os 35% restantes. O conflito entre as empresas surgiu devido as divergências sobre quem deve receber os pagamentos pelos serviços prestados. Em janeiro deste ano, os repasses da prefeitura para a limpeza urbana totalizaram R$ 16,8 milhões, mas o impasse tem dificultado a liberação dos valores para os trabalhadores.

Diante da situação, a Prefeitura decidiu recorrer à justiça para mediar o conflito e garantir que os recursos cheguem aos garis o mais rápido possível. "A Prefeitura está honrando com seu compromisso de pagamento, mas, devido à briga entre as empresas, optou pela mediação judicial do conflito", explicou Vicente Moreira Filho, diretor-presidente da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB).

Entenda o caso

Nessa terça-feira (11), os trabalhadores da limpeza urbana de Teresina realizaram um protesto em frente à sede da prefeitura, denunciando atrasos nos salários de dezembro e janeiro, além do não pagamento do vale-alimentação e, em alguns casos, da segunda parcela do 13º salário.

O Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Piauí (Seeacep) alertou que, sem um posicionamento definitivo sobre os pagamentos atrasados, a categoria poderá entrar em greve por tempo indeterminado na próxima semana.

A prefeitura informou que iniciou os repasses para as empresas terceirizadas, mas os valores foram considerados insuficientes para regularizar a situação. O sindicato também relatou que alguns trabalhadores enfrentam dificuldades financeiras extremas, chegando a depender de doações para se alimentar.

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