Divórcios crescem 13,3% no Piauí em 2022, aponta IBGE

No ano de 2022, o estado do Piauí testemunhou um aumento significativo no número de divórcios, com um crescimento de 13,3% em comparação com o ano anterior. De acordo com dados do Registro Civil, obtidos pelo IBGE junto às autoridades competentes, foram registrados 2.674 divórcios no estado, contra 2.360 em 2021.

Dos divórcios realizados em 2022, 79,7% foram judiciais, enquanto 20,3% foram extrajudiciais. Esse aumento segue uma tendência nacional, com o Brasil registrando um aumento de 8,58% no total de divórcios, totalizando 420.039 casos.

Entre os divórcios judiciais, 74,6% foram consensuais, demonstrando um padrão de acordo mútuo entre os casais. No entanto, 25,4% foram não consensuais, com a maioria solicitados pelas mulheres (55,2%).

Um aspecto notável é o aumento da guarda compartilhada de filhos menores, concedida em 31,03% dos divórcios judiciais em 2022. Esse número representa um aumento significativo em relação a anos anteriores, quando apenas 7,25% dos divórcios incluíam esse arranjo de guarda.

No que diz respeito à divisão por gênero, a idade média dos homens no momento do divórcio foi de 45,3 anos, enquanto para as mulheres foi de 41,8 anos. Em todo o Brasil, a média de idade para homens foi de 44 anos e para mulheres foi de 41 anos.

Além disso, o tempo médio de duração do casamento até o divórcio judicial no Piauí é de 16,6 anos, classificando o estado como o segundo com maior duração de casamentos, ficando apenas atrás do Rio Grande do Sul, com 16,8 anos. A média nacional é de 13,8 anos.

Quanto aos regimes de bens nos casamentos em divórcio judicial, a maioria (93,85%) estava sob a forma de comunhão parcial de bens, seguida pela comunhão universal (2,57%) e separação de bens (2,53%).

Esses dados refletem mudanças significativas nas dinâmicas familiares e nos padrões de relacionamento no estado do Piauí, destacando a importância de políticas e serviços de apoio às famílias em transição.