Diretor do HUT denuncia desorganização do sistema de saúde e diz que unidade é a "casa da Mãe Joana"
Gilberto Albuquerque disse que o Hospital Getúlio Vargas e o Hospital Universitário recebem repasses públicos mas não funcionam como hospitais de retaguarda
O diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Gilberto Albuquerque denunciou aos vereadores, durante a sessão da última quinta-feira (23), sobre a atual situação da unidade hospitalar.
Gilberto Albuquerque explicou que o inchaço de pacientes na principal unidade de saúde de Teresina se dá por conta de uma falta de organização do sistema de saúde, que acaba transformando o hospital, que é municipal e deveria atender apenas pacientes de alta complexidade, em uma unidade de pronto atendimento comum.
“Nosso Sistema de Saúde é totalmente desorganizado. O HUT é um hospital municipal e recebe pacientes do Piauí, Ceará, Maranhão, Tocantins e Pará. Além disso, em uma rede organizada, realiza-se o atendimento e encaminha-se para os hospitais de referência de acordo com sua complexidade. O HUT é um hospital de traumas ou risco de vida, mas lá nós temos de tudo, até unha encravada. O HUT é a casa da Mãe Joana”, reclamou o diretor.
Mesmo com uma reforma marcada ainda para esse ano e com os recursos financeiros assegurados pelo Governo Federal, Gilberto Albuquerque revelou que o HUT ainda precisa do apoio dos hospitais de retaguarda para funcionar melhor.
Em seu pronunciamento, ele ainda cobrou mais gerenciamento do sistema de saúde por parte do Governo do Estado, que possui sob sua administração o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e o Hospital da Polícia Militar (HPM).
O gestor afirmou que o HPM tem sido um hospital de retaguarda “fenomenal”, realizando cerca de 250 cirurgias ortopédicas por mês. No entanto, o HGV, que está sob o comando do diretor Carlos Iglézias, funciona em péssimas condições.
“O HGV não recebe pacientes nos finais de semana e seu ambulatório não funciona há meses, mas o município repassa cerca de R$ 214 mil mensais. Já o HPM tem sido um hospital de retaguarda fenomenal e cumpre 100% da pactuação, enquanto o HGV cumpre 0%”, disse.
Outro hospital que ganhou críticas do diretor foi o Hospital Universitário (HU) e segundo ele os órgãos de fiscalização do Piauí tem feito vistas grossas sobre a situação.
”O HU tem mais de um ano recebendo dinheiro público, 100 leitos contratados com o município e nunca atendeu o primeiro paciente. O Tribunal de Contas abriu processo administrativo para averiguar o pagamento de pessoal e o não atendimento a pacientes oriundos do sistema municipal de saúde”, pontuou.
SOS Emergências
O Governo Federal implantou o programa SOS Emergências que tem por objetivo qualificar o atendimento dos hospitais de urgências e emergências do país, que foi apresentado ao prefeito Firmino Filho (PSDB) ainda no início do mês.
No entanto, Gilberto Albuquerque alerta que o Piauí pode perder mais de R$ 6 milhões em repasses federais por conta da falta de normatização do fluxo de doentes entre os hospitais.
Segundo ele, o Ministério da Saúde está monitorando todo o funcionamento do hospital e a falta de leitos nos hospitais de retaguarda faz com que a procura dos pacientes pelo HUT aumente, gerando uma impressão de que não há atendimento suficiente.
“O Ministério da Saúde exige o acompanhamento com o monitoramente visual e já instalou 10 câmeras pelo hospital. Todos os dias enviamos um relatório geral da quantidade de pacientes e todas as informações a respeito de sua origem e tratamento. Estamos há um mês enviando os relatórios e a cobrança é direta ao diretor do hospital”
Reforma
Com a reforma o Hospital de Urgência de Teresina vai construir salas com boxes individuais e mais duas Unidades de Terapia Intensiva com 20 leitos.
Mas, para o diretor, se não houver uma melhora no sistema de saúde do Estado a ampliação ainda não será suficiente para atender à demanda.
Repasses Federais
O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Rodrigo Martins, questionou os repasses aos hospitais que não atendem à população.
“Não haveria uma forma de romper ou direcionar os repasses federais para os hospitais que cumprem seu papel?”, perguntou o vereador.
O diretor do HUT esclareceu que esse repasse é enviado pelo Governo Federal via fundo dos municípios e são destinados aos hospitais que fazem parte da rede.
“O HUT recebe um repasse de R$ 220 mil, enquanto o HGV recebe R$ 200 mil. A diferença é que o HUT falta leito para atender a todo mundo e o HGV não atende”, finalizou o diretor.
O assunto na Câmara de Vereadores
A pauta entrou em discussão na Câmara de Vereadores, através de uma proposição do vereador José Pessoa (PSD) que contou com o apoio dos demais parlamentares.
Além do vereador e do presidente da Câmra, o vereador Rodrigo Martins, também estiveram presentes os vereadores Ricardo Bandeira (PSDC), Teresa Britto (PV), Antonio José Lira (DEM), Gilberto Paixão (PT), Celene Fernades (PT do B), Edvaldo Marques (PSB), Teresinha Medeiros (PHS), Valdemir Virgino (PTC) além do presidente do Conselho Estadual de Saúde, José Teófilo Cavalcante.
Gilberto Albuquerque explicou que o inchaço de pacientes na principal unidade de saúde de Teresina se dá por conta de uma falta de organização do sistema de saúde, que acaba transformando o hospital, que é municipal e deveria atender apenas pacientes de alta complexidade, em uma unidade de pronto atendimento comum.
“Nosso Sistema de Saúde é totalmente desorganizado. O HUT é um hospital municipal e recebe pacientes do Piauí, Ceará, Maranhão, Tocantins e Pará. Além disso, em uma rede organizada, realiza-se o atendimento e encaminha-se para os hospitais de referência de acordo com sua complexidade. O HUT é um hospital de traumas ou risco de vida, mas lá nós temos de tudo, até unha encravada. O HUT é a casa da Mãe Joana”, reclamou o diretor.
Mesmo com uma reforma marcada ainda para esse ano e com os recursos financeiros assegurados pelo Governo Federal, Gilberto Albuquerque revelou que o HUT ainda precisa do apoio dos hospitais de retaguarda para funcionar melhor.
Em seu pronunciamento, ele ainda cobrou mais gerenciamento do sistema de saúde por parte do Governo do Estado, que possui sob sua administração o Hospital Getúlio Vargas (HGV) e o Hospital da Polícia Militar (HPM).
O gestor afirmou que o HPM tem sido um hospital de retaguarda “fenomenal”, realizando cerca de 250 cirurgias ortopédicas por mês. No entanto, o HGV, que está sob o comando do diretor Carlos Iglézias, funciona em péssimas condições.
“O HGV não recebe pacientes nos finais de semana e seu ambulatório não funciona há meses, mas o município repassa cerca de R$ 214 mil mensais. Já o HPM tem sido um hospital de retaguarda fenomenal e cumpre 100% da pactuação, enquanto o HGV cumpre 0%”, disse.
Outro hospital que ganhou críticas do diretor foi o Hospital Universitário (HU) e segundo ele os órgãos de fiscalização do Piauí tem feito vistas grossas sobre a situação.
”O HU tem mais de um ano recebendo dinheiro público, 100 leitos contratados com o município e nunca atendeu o primeiro paciente. O Tribunal de Contas abriu processo administrativo para averiguar o pagamento de pessoal e o não atendimento a pacientes oriundos do sistema municipal de saúde”, pontuou.
SOS Emergências
O Governo Federal implantou o programa SOS Emergências que tem por objetivo qualificar o atendimento dos hospitais de urgências e emergências do país, que foi apresentado ao prefeito Firmino Filho (PSDB) ainda no início do mês.
No entanto, Gilberto Albuquerque alerta que o Piauí pode perder mais de R$ 6 milhões em repasses federais por conta da falta de normatização do fluxo de doentes entre os hospitais.
Segundo ele, o Ministério da Saúde está monitorando todo o funcionamento do hospital e a falta de leitos nos hospitais de retaguarda faz com que a procura dos pacientes pelo HUT aumente, gerando uma impressão de que não há atendimento suficiente.
“O Ministério da Saúde exige o acompanhamento com o monitoramente visual e já instalou 10 câmeras pelo hospital. Todos os dias enviamos um relatório geral da quantidade de pacientes e todas as informações a respeito de sua origem e tratamento. Estamos há um mês enviando os relatórios e a cobrança é direta ao diretor do hospital”
Reforma
Com a reforma o Hospital de Urgência de Teresina vai construir salas com boxes individuais e mais duas Unidades de Terapia Intensiva com 20 leitos.
Mas, para o diretor, se não houver uma melhora no sistema de saúde do Estado a ampliação ainda não será suficiente para atender à demanda.
Repasses Federais
O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Rodrigo Martins, questionou os repasses aos hospitais que não atendem à população.
“Não haveria uma forma de romper ou direcionar os repasses federais para os hospitais que cumprem seu papel?”, perguntou o vereador.
O diretor do HUT esclareceu que esse repasse é enviado pelo Governo Federal via fundo dos municípios e são destinados aos hospitais que fazem parte da rede.
“O HUT recebe um repasse de R$ 220 mil, enquanto o HGV recebe R$ 200 mil. A diferença é que o HUT falta leito para atender a todo mundo e o HGV não atende”, finalizou o diretor.
O assunto na Câmara de Vereadores
A pauta entrou em discussão na Câmara de Vereadores, através de uma proposição do vereador José Pessoa (PSD) que contou com o apoio dos demais parlamentares.
Além do vereador e do presidente da Câmra, o vereador Rodrigo Martins, também estiveram presentes os vereadores Ricardo Bandeira (PSDC), Teresa Britto (PV), Antonio José Lira (DEM), Gilberto Paixão (PT), Celene Fernades (PT do B), Edvaldo Marques (PSB), Teresinha Medeiros (PHS), Valdemir Virgino (PTC) além do presidente do Conselho Estadual de Saúde, José Teófilo Cavalcante.
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