Beneficiários com NIS de final 8 recebem nova parcela do Bolsa Família
Os valores adicionais de R$ 50 e R$ 150 são ofertados para famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e para famílias com crianças de até 6 anos, respectivamenteNesta quinta-feira (27), os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 8 podem receber a parcela de julho do novo Bolsa Família. A Caixa Econômica Federal inclui o novo adicional de R$ 50 ao pagamento da segunda parcela para famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos.
Famílias com crianças de até 6 anos recebem o valor adicional de R$ 150, desde o mês de março. Assim, o valor total do pagamento, para aqueles que cumprem os requisitos exigidos para receber os dois adicionais, pode chegar a R$ 900.
Com os novos adicionais, o valor médio do benefício aumenta, chegando a R$ 684,17, e o valor mínimo do pagamento corresponde a R$ 600. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social prevê que a programa de transferência de renda do governo federal tenha um gasto de R$ 14 bilhões, alcançando 20,9 milhões de famílias no mês de julho.
A integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) entra em vigor neste mês e, de acordo com o cruzamento de informações, 341 mil famílias tiveram o seu direito ao benefício cancelado após apresentarem renda acima da definida pelas regras do programa. O CNIS é composto por mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a vínculos de emprego formal, renda e benefícios previdenciários e assistenciais oferecidos pelo INSS.
Por outro lado, o mês de julho foi um período em que outras 300 mil famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família e mais de 1,3 milhão de famílias passaram a receber o benefício desde março. Baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), a política de busca ativa foi responsável pela inclusão das novas famílias no programa, já que se concentra nas pessoas mais vulneráveis, que não recebem a gratificação, mas que têm direito ao complemento de renda.
A regra de proteção, em vigor desde junho, permite que famílias em que os membros consigam emprego e melhorem a renda possam receber 50% do benefício a que teriam direito por um período de até dois anos, contanto que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.
Para as famílias inclusas na regra de proteção, o valor médio do benefício ficou em R$ 378,91. O Ministério do Desenvolvimento Social afirma que 1,46 milhão do total de famílias que fazem parte da regra de proteção foram incluídas durante o mês de julho, devido a integração de dados do Bolsa Família com o CNIS.
O programa social, que voltou a chamar-se Bolsa Família desde o início de 2023, teve seu valor mínimo de R$ 600 garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, sendo R$ 70 bilhões desse total destinados a custear o benefício.
A partir de março, o valor adicional de R$ 150 passou a ser incluso, devido a realização de um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que teve como objetivo a eliminação de fraudes. Cerca de 3 milhões de indivíduos que apresentaram inconsistências no cadastro tiveram seu benefício cortado, de acordo com o balanço mais recente, divulgado em abril.
O modelo tradicional do Bolsa Família define os últimos dez dias úteis de cada mês como datas para a efetuação do pagamento. Mais informações sobre o valor do benefício, as datas de pagamento e a composição das parcelas podem ser consultadas através do aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais da Caixa Econômica.
Por Rebeca Negreiros
Com informações da Agência Brasil