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Ideal é fazer chapa puro sangue diz Lula

Ele se queixou de exposição menor para caso de helicóptero com cocaína.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (12) que "o ideal", nas disputas eleitorais, seria compor "chapas puro-sangue", apenas entre candidatos petistas, mas que, na "política real", as alianças são necessárias. A declaração foi feita durante discurso para militantes e políticos do PT, no 5º Congresso Nacional do partido, em Brasília.
Tudo PT, isso seria o ideal"

Lula

"O ideal o que seria? Seria a gente sair candidato puro-sangue, governador do PT, o vice do PT, o senador PT, tudo PT. Chapa de deputado pura PT, estadual, tudo PT, isso seria o ideal", afirmou, para depois emendar, pregando a necessidade de "diversidade" para governar:
"Qual é a possibilidade na politica real? Eu gostaria que o povo pensasse igual a nós, mas ele pensa diferente e é bom que seja assim. É bom que a gente tenha que fazer esforço político", afirmou o ex-presidente, sob aplausos.

Ao lado da presidente Dilma Rousseff, sentada à mesa, Lula reafirmou que a prioridade do PT é reeleger sua sucessora nas eleições de 2014, mas ressaltou a importância de eleger bancadas expressivas na Câmara e no Senado para dar sustentação ao governo.

Atualmente, o governo Dilma conta com uma base de apoio na Câmara que ultrapassa 350 deputados federais, de um total de 513, contando partidos aliados e "independentes", mas que costumam votar com o governo. No Senado, os apoiadores passam de 60, num total de 81.

Lula brincou, dizendo ainda que, se o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE) liderasse uma bancada de 300 deputados "daria mais problema para a Dilma do que dá hoje". "Imagina o PT ter 300 deputados? A Dilminha ia comer o pão que o diabo amassou", brincou.

"Não tem jeito. A aliança politica às vezes é como casamento. A gente não casa com os diferentes?", completou.

Ainda sobre eleições, o ex-presidente alfinetou a oposição e disse que ela hoje se assusta com o PT diante da "possibilidade" de ganhar eleições em estados importantes. "Agora a gente assusta eles. O quê que assusta eles na verdade, é a possibilidade de a gente ganhar São Paulo, ganhar Minas Gerais, ganhar o Rio de Janeiro, manter o Rio Grande do Sul", defendeu. Ele disse ainda que quanto melhor o PT fizesse "as coisas", mais despertaria a ira dos adversários.

Em certo momento do discurso, antes de falar sobre as eleições, Lula se queixou da exposição dada à contratação, por parte de um hotel em Brasília, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso e condenado no mensalão, por um salário de R$ 20 mil.

Sem citar nomes, ele criticou a exposição menor, segundo ele, da apreensão, no Espírito Santo, de 445 kg de cocaína em um helicóptero da família do senador Zezé Perrela (PDT-MG).
"Se for comparar os erros do PT e os erros dos outros partidos políticos. Se for comparar o emprego do José Dirceu no hotel com a quantidade de cocaína no helicóptero, o que a gente percebe é que pelo menos houve uma desproporcionalidade na divulgação dos fatos", disse.
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