NSA monitora posição de milhões de celulares no mundo
Agência dos EUA armazenaria cerca de 27 terabytes de dados.
A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos monitora diariamente a geolocalização de centenas de milhões de celulares no planeta, revelou na quarta-feira (4) o jornal "The Washington Post", baseado em documentos vazados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden.
Obama diz que, por questões de segurança, não pode ter iPhone
A agência recebe informações de "pelo menos centenas de milhões de aparelhos" e grava "cerca de 5 bilhões de dados de localização a cada dia", afirma o site do jornal, incluindo dados de americanos que estão fora dos Estados Unidos.
"Obtemos grandes volumes" de dados de geolocalização em todo o mundo, confirmou um funcionário citado pelo "Washington Post", segundo a agência de notícias France Presse.
A NSA obtém essas informações conectando-se às distintas redes de celulares do planeta, e monitora a geolocalização para "rastrear os movimentos e observar relações secretas entre as pessoas".
O acesso a essa quantidade de dados significa que a NSA pode rastrear os movimentos de praticamente todos os celulares do mundo, mapeando as relações do dono do aparelho, de acordo com a agência americana Associated Press. O jornal informou que um poderoso programa analítico é empregado nesses dados, construindo padrões de relações entre os usuários de acordo com seus celulares. Isso pode revelar ameaças terroristas desconhecidas, por exemplo.
A agência de inteligência armazenaria cerca de 27 terabytes de dados, duas vezes mais que o contido na biblioteca do Congresso americano, a maior do mundo. Esse volume de informações é tão grande que supera a capacidade da NSA de digerir, tratar e armazenar os dados, destaca o "Washington Post", que cita um documento interno da agência de 2012.
"A capacidade da NSA para "geolocalizar" é imensa (...) e indica que ela dirige a maior parte de seus esforços para monitorar comunicações de forma fútil", assinala o jornal.
Há seis meses, Snowden revelou que o enorme programa de espionagem do governo americano monitorava a posição das pessoas ao rastrear seus celulares, mesmo quando eles não eram usados.
O conselheiro-geral do Departamento de Inteligência Nacional, Robert Litt, já disse anteriormente que a NSA não reúne dados de localização de celulares nos EUA de maneira intencional. Mas o diretor da agência, o general Keith Alexander, disse em depoimento ao Congresso que a NSA fez testes entre 2010 e 2011 em amostras de dados de celulares americanos para saber se seria tecnicamente possível conectá-los aos sistemas de análise da agência.
Alexander afirmou que os dados nunca foram usados para propósitos de inteligência e que os testes foram informados aos comitês de inteligência do Congresso. Na época, as declarações do diretor da NSA foram contestadas – o senador democrata Ron Wyden disse que Alexander poderia ter explicado melhor o processo.
O general e outros agentes da NSA explicaram que, após dados americanos serem coletados de maneira acidental no exterior, eles são "minimizados" – quando os analistas percebem que estão lidando com um número dos EUA, limitam o que pode ser feito com aqueles dados e por quanto tempo as informações podem ser armazenadas.
Ativistas de direitos da privacidade dizem que essas medidas não são suficientes para proteger os cidadãos americanos.
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A agência recebe informações de "pelo menos centenas de milhões de aparelhos" e grava "cerca de 5 bilhões de dados de localização a cada dia", afirma o site do jornal, incluindo dados de americanos que estão fora dos Estados Unidos.
"Obtemos grandes volumes" de dados de geolocalização em todo o mundo, confirmou um funcionário citado pelo "Washington Post", segundo a agência de notícias France Presse.
A NSA obtém essas informações conectando-se às distintas redes de celulares do planeta, e monitora a geolocalização para "rastrear os movimentos e observar relações secretas entre as pessoas".
O acesso a essa quantidade de dados significa que a NSA pode rastrear os movimentos de praticamente todos os celulares do mundo, mapeando as relações do dono do aparelho, de acordo com a agência americana Associated Press. O jornal informou que um poderoso programa analítico é empregado nesses dados, construindo padrões de relações entre os usuários de acordo com seus celulares. Isso pode revelar ameaças terroristas desconhecidas, por exemplo.
A agência de inteligência armazenaria cerca de 27 terabytes de dados, duas vezes mais que o contido na biblioteca do Congresso americano, a maior do mundo. Esse volume de informações é tão grande que supera a capacidade da NSA de digerir, tratar e armazenar os dados, destaca o "Washington Post", que cita um documento interno da agência de 2012.
"A capacidade da NSA para "geolocalizar" é imensa (...) e indica que ela dirige a maior parte de seus esforços para monitorar comunicações de forma fútil", assinala o jornal.
Há seis meses, Snowden revelou que o enorme programa de espionagem do governo americano monitorava a posição das pessoas ao rastrear seus celulares, mesmo quando eles não eram usados.
O conselheiro-geral do Departamento de Inteligência Nacional, Robert Litt, já disse anteriormente que a NSA não reúne dados de localização de celulares nos EUA de maneira intencional. Mas o diretor da agência, o general Keith Alexander, disse em depoimento ao Congresso que a NSA fez testes entre 2010 e 2011 em amostras de dados de celulares americanos para saber se seria tecnicamente possível conectá-los aos sistemas de análise da agência.
Alexander afirmou que os dados nunca foram usados para propósitos de inteligência e que os testes foram informados aos comitês de inteligência do Congresso. Na época, as declarações do diretor da NSA foram contestadas – o senador democrata Ron Wyden disse que Alexander poderia ter explicado melhor o processo.
O general e outros agentes da NSA explicaram que, após dados americanos serem coletados de maneira acidental no exterior, eles são "minimizados" – quando os analistas percebem que estão lidando com um número dos EUA, limitam o que pode ser feito com aqueles dados e por quanto tempo as informações podem ser armazenadas.
Ativistas de direitos da privacidade dizem que essas medidas não são suficientes para proteger os cidadãos americanos.
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