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Cabral decidio que familia não usará mais helicóptero

Na mesma semana em o uso da aeronave do governo por parentes de Cabral foi denunciada.

O governador Sérgio Cabral decidiu que sua família não vai mais usar aeronaves do governo do estado até que que criem um protocolo para disciplinar o uso de aeronaves por autoridades.

Agora, além do próprio governador, o vice Luiz Fernando Pezão, os secretários e os presidentes empresas públicas estaduais terão que seguir regras antes de usar os helicópteros.

A decisão foi tomada após a revista "Veja" mostrar, há três semanas, que, além de Cabral, a primeira-dama Adriana Ancelmo, dois filhos, duas babás e o cachorro Juquinha também usam o helicóptero oficial do governo um Agusta AW109 Grand New, comprado por R$ 15 milhões de reais em 2011, para viajar aos fins de semana para a casa de praia da família, em Mangaratiba.

Imagem: ReproduçãoO helicóptero para levar órgãos custou R$ 8 milhões  (Imagem:Reprodução)O helicóptero para levar órgãos custou R$ 8 milhões

No sábado, Cabral comunicou oficialmente a decisão ao Gabinete Militar e à Casa Civil, para que a portaria comece a ser formatada ainda esta semana. As novas regras vão ser elaboradas respeitando as exigências de segurança do primeiro escalão do estado, principalmente autoridades que já tenham recebido ameaças de morte, como o próprio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Na mesma semana em o uso da aeronave do governo por parentes de Cabral foi denunciada, mostrou que o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, usa o helicóptero destinado para transportar órgãos captados para transplante em deslocamentos pelo estado. A aeronave, que Côrtes afirma usar apenas durante o trabalho, foi comprada por R$ 8 milhões em 2012, para também ajudar em ações de vigilância em saúde e na resposta a desastres naturais.

Foi o segundo movimento de recuo do governador em menos de uma semana. Na quarta-feira, após juristas criticarem o decreto que criava a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv), Cabral decidiu publicar um novo texto jurídico em Diário Oficial, deixando claro que qualquer quebra de sigilo só pode ser feita após decisão judicial.

Pior avaliação
Esta semana, pesquisa do Ibope feita a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que Cabral tem a pior avaliação entre os governantes dos 11 maiores estados do país. Apenas 12% dos eleitores avaliaram como "ótimo/bom" o governo de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro. O índice de eleitores que consideraram o governo "ruim/ péssimo" foi de 50% e "regular", 36%. Outros 2% não sabiam ou não responderam.

Em outra questão, 25% disseram que confiam no governador, 69% disseram que não confiam e 5% não responderam ou não souberam. 87% dos entrevistados consideram que governador e secretários utilizam "mal ou muito mal" os recursos públicos. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu no estado 812 eleitores com mais de 16 anos entre 9 e 12 de julho.
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