Pesquisa do IBGE aponta queda de 2,5% nas vendas do comércio
Segundo a pesquisa, em comparação com fevereiro, o mês de março teve uma queda de 2,5% nas vendas do comércio varejista, o pior resultado desde 2003.
Um relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 13 de maio, informou que as vendas do comércio varejista caíram 2,5% em março, em comparação com fevereiro.
O resultado é o pior para meses de março desde 2003, quando o setor caiu 2,7%, e da menor taxa mensal desde janeiro de 2016 (-2,6%).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o comércio recuou 1,2%. Foi a primeira queda na comparação anual após 11 meses consecutivos de altas. O IBGE também revisou a taxa de fevereiro, em relação a janeiro, de 1,2% para 0,5%.
Com a forte queda em março, o comércio passou a acumular alta de 1,6% no ano e 2,1% nos últimos 12 meses. O patamar de vendas passou a ficar situado 7,4% abaixo do recorde alcançado em novembro 2014. Em fevereiro, essa distância era de 5,1%.
O resultado de março reflete a baixa demanda e a fragilidade da economia, e mostra os primeiros impactos da pandemia de coronavírus no país, com boa parte das lojas fechadas ou funcionando apenas no sistema delivery. Vale lembrar ainda que o início das medidas restritivas e do período de confinamento não atingiu todo o mês de março e que perspectiva é de um tombo ainda maior em abril.
Alguns setores tiveram ganhos apesar da pandemia
Conforme o IBGE, o índice de queda geral só não foi maior por causa de áreas consideradas essenciais durante o período de isolamento social, em especial as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas (14,6%) e do segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%). Foram os únicos setores dos oito pesquisados com avanços nas vendas.
Já os maiores tombos ocorreram nas vendas de tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%) e móveis e eletrodomésticos (-25,9%).
A pesquisa do IBGE mostra ainda que no comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas desabou 13,7% em março. Foi a queda mais intensa desde o início da série, iniciada em fevereiro de 2003. O tombo foi pressionado pelo setor de veículos, motos, partes e peças (-36,4%), enquanto material de construção teve recuo de 17,1%.
Com informações do G1.
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