“Bolsonaro é um nada”, afirma candidato Fernando Haddad no Piauí
O petista disse que Jair Bolsonaro “talvez seja o pior parlamentar da história desse país”.
“Bolsonaro é um nada, ele é vazio, ele é pura violência”. Essas palavras foram citadas pelo candidato Fernando Haddad (PT) sobre o seu concorrente à Presidência da República. Em entrevista à TV Cidade Verde, o petista disse que o candidato do PSL “talvez seja o pior parlamentar da história desse país”.
- Foto: Montagem ViagoraJair Bolsonaro e Fernando Haddad.
“Não é brincadeira não. O mundo inteiro está atônito com o que está acontecendo no Brasil e se perguntando: o quê que pode ter levado os brasileiros a votar numa pessoa com essas características? Cinco anos atrás ele era visto com uma caricatura, hoje ele é uma ameaça real”, disse Fernando Haddad.
O concorrente do Partido dos Trabalhadores comentou sobre as supostas fake news que estariam sendo disseminadas por empresas de tecnologia da informação em redes sociais, de forma estruturada, contra ele. Haddad acredita que providências podem ser tomadas antes do dia do segundo turno das eleições.
“Nossa Polícia Federal é uma das melhores do mundo. Se ela quiser, ela pega o empresário que usou dinheiro sujo para favorecer o Bolsonaro, com a conivência dele ou não, mas pega. Todo mundo sabe as empresas que pagaram, todo mundo sabe as empresas que fizeram os disparos em massa, todo mundo conhece os vídeos que me caluniava. Se a Polícia Federal quiser prender e já obter uma delação premiada, consegue isso antes do segundo turno”, afirmou.
O petista também fez um apelo contra a propagação de notícias falsas. “Não acreditem em WhatsApp. Meu adversário está usando isso pra me caluniar. Eu sou professor há anos, sou casado há anos. Não é justo fazer isso com uma pessoa, é muito baixo, o Brasil não merece isso. Tome cuidado com essa última semana. Se você recebeu uma informação sobre quem quer que seja, vá nas fontes seguras de informação checar”, pediu.
Dentre outros assuntos, Fernando Haddad falou sobre segurança pública. Ele comentou que sua proposta é que “a Polícia Federal dobre de tamanho”.
“Esse novo efetivo vai cuidar do crime organizado, porque a maior violência no Nordeste hoje é que as facções do Rio (de Janeiro) e de São Paulo chegaram aqui, e as polícias do Rio e São Paulo não vão vir pra cá combater o crime organizado aqui. Então nós temos que ter uma polícia nacional”, defendeu.
Haddad afirmou, ainda, que “esse negócio de armar a população vai só aumentar a violência no país”. Ele diferenciou a situação do Brasil com outros locais em que a prática é legalizada.
“(Nesses países) tem todo o resto que aqui não tem; tem uma educação que aqui não tem, tem uma polícia treinada que aqui não tem. A proposta do Bolsonaro é tirar a polícia e colocar o cidadão da própria segurança. É quase que uma privatização. Aí não vai funcionar porque não funcionou no mundo inteiro. E mesmo nos países desenvolvidos onde há o porte mais froucho, eles estão revendo a posição. Então não é bem assim, é a Polícia Federal que tem que fazer esse papel”, asseverou o candidato.
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