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MP discute em audiência situação do transporte público em Altos

No mês passado, a BR-343 foi interditada por um grupo de manifestantes do município de Altos, na entrada de Teresina

O Ministério Público do Estado do Piauí através do promotor de Justiça Paulo Rubens, da 2ª Promotoria de Justiça de Altos, realizou nesta segunda-feira (25), uma reunião para debater a situação do transporte público na cidade de Altos.

No mês passado, a BR-343 foi interditada por um grupo de manifestantes do município de Altos, na entrada de Teresina. O protesto questionava o aumento da passagem de ônibus no translado entre as duas cidades. Com o reajuste tarifário, o preço subiu de R$ 5,00 para R$ 5,8 (valor da inteira) e de R$ 4,00 para R$ 4,50 (valor estudantil).

  • Foto: Divulgação/MPO debate aconteceu nesta segunda-feira (25)O debate aconteceu nesta segunda-feira (25)

Após debates, os valores foram suspensos e ficou decido, de forma democrática, que o valor da tarifa ficaria mantido em R$ 5,80 (inteira) e R$ 3,50 (meia), em caráter provisório.

Na audiência que também tinha como objetivo a resolução definitiva do reajuste tarifário, o secretário de Estado de Transportes, Guilhermano Pires, propôs a criação de uma comissão formada por representantes de diversos segmentos da sociedade para auditar a planilha de custos do transporte público de Altos. “A melhor forma de avançar nas discussões sobre o preço da passagem é criar uma comissão para que seja discutido o real custo do serviço”, disse Guilhermano Pires.

Já Francisco Barroso, representante da Empresa Expresso Barroso, que faz o trajeto entre as duas cidades, alega que a empresa possui altos gastos para manter o funcionamento do sistema e que não pode cobrar valor abaixo da atual tarifa.

Segundo o procurador-geral do município de Altos, Talmy Técio, a prefeitura necessita de um levantamento para analisar a ampliação do limite do subsídio por parte do município.

 “Existem empresas dispostas a negociar diretamente com os trabalhadores uma passagem justa. Não vamos pagar pelas despesas que a Expresso Barroso fez”, ressaltou José Claro, usuário do sistema de transporte.

Devido o impasse, o promotor de Justiça Paulo Rubens, afirmou que para a resolução do conflito, seria necessário a instauração de um inquérito civil público para a requisição das planilhas de custos e a fiscalização das atividades da comissão que será constituída.

“A tarifa permanecerá congelada em R$ 3,50 (valor estudantil), até a próxima reunião que deverá acontecer em até 30 dias”, pontuou o promotor.

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