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Secretário de Comunicação de Belém na Paraíba mata ex-esposa

O homem de 38 anos se matou após assassinar a ex-esposa de 19 anos a tiros no município paraibano.

No início da noite dessa quinta-feira (21), Oberto Nóbrega de Barros Oliveira, mais conhecido como Betinho Barros, matou a ex-esposa a tiros e, logo em seguida, tirou a própria vida, na cidade de Belém, Agreste da Paraíba.

A vítima do feminicídio foi a jovem Rayssa Kathylle de Sá Silva, de 19 anos. Betinho era ouvidor público e Secretário de Comunicação da Prefeitura do município onde o crime aconteceu.

O assassinato ocorreu na residência da mãe da vítima, no centro de Belém, em torno das 18 horas. Oberto e Rayssa estavam em processo de divórcio, mas já viviam em locais diferentes. De acordo com a polícia, ainda não se sabe como o homem teve acesso a casa.

Segundo informações, Rayssa Kathylle já havia denunciado e pedido medida protetiva contra o acusado no último dia 13 de setembro, através da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Guarabira. A vítima afirmou que Betinho não aceitou a separação e vinha a perseguindo com telefonemas e mensagens de texto.

A mulher de 19 anos recebeu diversas ligações no momento em que denunciou o ex-marido na delegacia. De acordo com o investigador que registrou o boletim, o acusado foi avisado que deveria parar de tentar contatar a vítima e que, se desobedecesse, seria pedida a prisão preventiva do acusado.

Entretanto, Betinho Barros não se intimidou com a orientação e seguiu incomodando a ex-esposa com mensagens de texto. “Tu tá aonde? Diga a ele que pode pedir a prisão. Mostre a foto de onde você está. Tu acha que eu caio nessa? Agora tu espera, não tem mais volta, estou vendendo as coisas já”.

Rayssa Kathylle ainda relatou que, antes de realizar a denúncia, recebeu mensagens que continham ameaças a sua vida, assim como xingamentos.

“Vou matar você e deixar sua filha sem mãe e sem pai. Vou na sua universidade pegar você lá. Estou vendendo os móveis da casa para comprar uma arma e lhe matar. Estou ficando descontrolado”, declarou o boletim.

De acordo com a Justiça da Paraíba a medida protetiva de urgência contra Oberto foi expedida no dia seguinte ao registro do boletim de ocorrência, ou seja, em 14 de setembro, uma semana antes do feminicídio. A determinação do juiz obrigava o acusado a se afastar do lar ou local de convivência da vítima, além de proibir que ele se aproximasse dela e estabelecer um limite mínimo de 200 metros de distância entre os dois. Betinho ainda foi proibido de tentar contato com a jovem através de ligações telefônicas e envio de mensagens por celular (SMS), e-mail, entre outros.

Após a ocorrência do crime, a Prefeitura de Belém (PB) decretou luto oficial de três dias pela morte do então Secretário de Comunicação do município. A decisão foi estabelecida pela prefeita Aline Barbosa de Lima (PDT), mais conhecida como Dona Aline.

Através de publicação nas redes sociais da Prefeitura, a gestão municipal afirmou que o luto foi decretado “pela partida precoce e inesperada” do acusado e da vítima Rayssa Kathylle. Na postagem, a pasta ainda desejou solidariedade à família e aos amigos da jovem.

As mortes de Rayssa Kathylle e Betinho Barros também foram lamentadas pela Câmara Municipal de Belém. O ouvidor público já foi vereador do município e foi velado com honras na Câmara nessa sexta-feira (22) e depois foi sepultado na cidade.

Rayssa Kathylle foi velada e sepultada em um cemitério particular do município de Guarabira, também na Paraíba.

Com informações do Jornal da Paraíba

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