Juíza nega soltura de empresário envolvido em esquema de Antônio Parambu
Os advogados alegam que a empresa é idônea, que atualmente conta com seis empregados contratados, funcionando no bairro Horto florestal, zona leste de Teresina.
A juíza Vládia Maria de Pontes Amorim, da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Vitor Alves Cardoso Neto, um dos empresários presos por participação no esquema do ex-prefeito de Prata do Piauí, Antônio Parambu, para corrupção e desvio de recursos. A decisão foi proferida dia 18 de dezembro.
No pedido, a defesa de Vitor Alves alega que sua prisão é desnecessária devido à falta de provas de que a empresa Vitor Alves Cardoso Neto Eireli é fantasma ou foi beneficiada com a quantia de R$ 313.873,98, transferida, irregularmente, da conta do Município de Prata do Piauí.
Os advogados alegam que a empresa é idônea, que atualmente conta com seis empregados contratados, funcionando no bairro Horto florestal, zona leste de Teresina.
A juíza ressaltou na decisão, que Vitor Alves não tem contribuído para o andamento do processo penal, chamando atenção para o fato de que sua prisão só foi efetuada em 10 de dezembro, mais de um mês depois do decreto. Ele era o único foragido entre os acusados, que foram presos temporariamente em 26 de outubro, juntamente com o ex-prefeito, e depois tiveram a prisão convertida para preventiva.
Entenda o caso
A prisão preventiva de Vitor Alves Cardoso Neto foi decretada no dia 04 de novembro de 2017. Ele e mais 17 pessoas são acusadas de “apropriação e desvio em proveito particular de verbas públicas federais vinculadas ao FUNDEF, no montante de R$ 2.730.000,00; fraudes em processos licitatórios; lavagem de dinheiro, além da formação de organização criminosa”. Esses crimes foram apontados após investigação da Polícia Federal.
- Foto: Facebook/Mirly MachadoMirly Machado e Antônio Parambu
Entre os acusados estão o ex-prefeito Antônio Parambu e a esposa, Mily Machado, presos no final do mês de outubro.
Nas investigações da Polícia, foi averiguado que Vitor Alves mantinha várias empresas em seu nome, a maioria deles de fachada, com endereços em Teresina e outras cidades.
A juíza Vládia Amorim instaurou a ação penal contra os 18 réus no dia 14 de dezembro.
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