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Sindicato diz que Samuel Silveira persegue guarda municipal

Henrique Sousa falou sobre a demissão de Esaú Cruz Vaz da Costa da corporação, após procedimento administrativo aberto em decorrência de abordagem feita a uma skatista no ano passado.

O presidente do Sindicato da Guarda Municipal de Teresina, Henrique Sousa, falou com o Viagora nessa sexta-feira  (27) e criticou a demissão de Esaú Cruz Vaz da Costa da corporação, após procedimento administrativo aberto em decorrência de abordagem feita a uma skatista no ano passado. Ele esclareceu a situação ocorrida naquele dia e alegou perseguição do secretário Samuel Silveira, da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi).

  • Foto: ViagoraSecretário Samuel SilveiraSecretário Samuel Silveira

Henrique Sousa relata que participou da abordagem, que contava com cerca de dez profissionais, e que recebiam orientações do capitão Monteiro, já que os guardas estavam há pouco tempo nas ruas. Quanto ao adolescente, o presidente do sindicato afirma que houve desobediência.

“O skatista veio em alta velocidade e entrou no banheiro masculino. Quando ele saiu, ele já saiu jogando o skate pra cima dos guardas. Ele andou por cerca de 50, 60 metros, ficou parado. Ficou afrontando a guarnição que tava parada ali. O capitão Monteiro falou pra gente fazer uma abordagem nele, poderia ser que ele tivesse alguma coisa. Chegando lá, foi eu e mais dois. Dei a voz de comando, pedi pra ele colocar a mão na cabeça e virar de costas, que é o procedimento comum de abordagem. Só que ele não obedeceu. Ele empreendeu fuga, saiu em alta velocidade no skate, podendo atropelar alguém, alguma criança, algum idoso”, relatou.

  • Foto: Facebook/ Henrique SousaPresidente do Sindicato da Guarda MunicipalPresidente do Sindicato da Guarda Municipal

Henrique diz que momentos depois o garoto foi pego, e os guardas tentaram algemá-lo. O adolescente teria tentado puxar o cinto de um dos profissionais, o que fez com que o cinto abrisse e derrubasse a arma no chão. “Quando a arma cai no chão, o guarda que foi demitido dá um chute em direção à arma para que o cara não pegue a arma dele, pra se proteger, proteger a guarnição”, explicou.

O representante do sindicato ainda criticou o capitão Rafael Correia Frota que, segundo ele, dá ordens aos trabalhadores e os intimida. O sindicato fez uma denúncia contra o oficial da PM ao Ministério Público do Piauí por suposto acúmulo irregular de cargos.

“O Rafael Correia Frota é capitão da Polícia Militar e está exercendo um cargo comissionado na Prefeitura de Teresina. Ou seja, ele tá exercendo dois cargos que não são compatíveis. Ele teria que optar”, assegura.

Por fim, Henrique Sousa diz que todas essas ações intimidatórias contra os guardas municipais da capital ocorrem depois da realização do movimento paredista. "Toda vez que a gente faz alguma coisa, procurando algum movimento, nós sofremos algum tipo de punição. Já tiraram armas dos guardas, só meses depois devolveram. Já mudaram guardas de postos sem motivo; já abriram processo administrativo contra guardas que estavam assistindo televisão na sede, sendo que eles permitiram; já abriram processo contra guarda que estacionou o carro dentro da sede, que também pode. Ou seja, são coisas pequenas que estão abrindo processo administrativo. Estão perseguindo a categoria", lamenta.

Outro lado

O Viagora não conseguiu obter um posicionamento do secretário Samuel Silveira. O espaço está aberto a manifestações posteriores.

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