MP constata omissão da prefeitura de Teresina no Parque Rodoviário
A visita da Força Tarefa do órgão ministerial aconteceu um mês após o rompimento da lagoa e tem o objetivo de dialogar com a população local sobre as providências tomadas pelo poder executivo.
Na manhã desta sexta-feira (3), a força-tarefa criada pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) realizou um novo encontro junto às famílias do Parque Rodoviário que tiveram suas casas atingidas pela enxurrada.
A visita acontece um mês após o rompimento da lagoa e tem o objetivo de dialogar com a população local sobre as providências tomadas pelo poder executivo para acolhimento das vítimas.
- Foto: Divulgação/MPPIMP no Parque Rodoviário
Entre as principais demandas estavam: a situação das famílias desabrigadas e o andamento das ações da Prefeitura Municipal de Teresina para acolhê-las. “A reunião foi muito produtiva e constatamos que há uma omissão da Prefeitura de Teresina, sobretudo de informar aos moradores sobre seus direitos e que providências adotará”, destacou o promotor de Justiça Fernando Santos, titular da 44ª Promotoria de Justiça.
- Foto: Hélio Alef/ViagoraLama invadiu residências do Parque Rodoviário
Durante a reunião, os moradores puderam relatar aos promotores a situação que enfrentam. A moradora do Parque Rodoviário Monica Raquel, vítima da enxurrada, perdeu seu lar e mobília. O desabrigamento gerou à sua família um grande impacto psicológico. “Foram anos de luta para conquistar conforto para o meu filho e tudo foi jogadora fora. Agora tô tirando do meu bolso para pagar o aluguel. Até agora a prefeitura só fez um cadastro e mais nada”, disse a moradora.
De acordo com o MPPI, entre as principais queixas das famílias é a questão do lar e a falta de assistência, mas que isso não tira o sonho em ter um novo lugar para morar. “Espero que a prefeitura atenda aos nossos anseios que é a reconstrução das nossas casas, o resto nós vamos conseguindo levar”, ressaltou Roberto Santos, morador que teve sua casa atingida.
A promotora de Justiça Myrian Lago reiterou o papel do MPPI em permitir que cada morador tenha seus direitos garantidos e que possam morar em seus locais de origem. “Verificamos a vontade que as pessoas têm de permanecer aqui. O nosso trabalho será daqui para frente de garantir a moradia digna e segura, preservando os laços de afetivos que as pessoas têm com a área”, explicou a promotora de Justiça Myrian Lago, coordenadora da força-tarefa e titular da 49ª Promotoria de Justiça.
A força-tarefa atua por meio estratégias para adoção de medidas judiciais e extrajudiciais, além de compartilhamento de informações recebidas no âmbito das investigações de cada Promotoria de Justiça. Também compõem o grupo a promotora de Justiça Gianny Vieira, titular da 24ª Promotoria de Justiça e a promotora de Justiça Luzijones Felipe, titular da 4ª Promotoria de Justiça.
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