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Allisson Wattson é condenado a 17 anos de prisão pela morte de Camilla Abreu

O período em que o ex-policial ficou preso preventivamente será abatido da pena e o condenado deverá cumprir 13 anos da sentença.

O Tribunal Popular do Júri, após mais de 16 horas de julgamento, condenou o ex-capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson da Silva Nascimento, a 17 anos, 7 meses e 21 dias de reclusão e mais 4 meses e 20 dias de detenção, iniciando em regime fechado, pelo assassinato da estudante de direito Camilla Pereira de Abreu, em 2017.

O julgamento que teve início nessa sexta-feira (24), se estendeu até a madrugada deste sábado (25), no Fórum Criminal de Teresina e foi presidido pela juíza Rita de Cássia da Silva.

  • Foto: DivulgaçãoAllisson e CamilaAllisson e Camila

Será abatido da pena o período em que o ex-policial ficou preso preventivamente, seguindo o princípio de detração penal, sendo assim, o condenado deverá cumprir efetivamente pouco mais de 13 anos da sentença. 

Allisson Wattson negou em seu depoimento, as acusações apresentadas na sessão pelas testemunhas e afirmou que a morte de Camilla Abreu foi acidental. 

“Fixo a pena concreta e definitiva em 17 anos 6 meses e 15 dias de reclusão e 4 meses e 20 dias de detenção e 70 dias-multas, devendo ser observado o que estabelece o Artigo 69, parte final do código penal. O Artigo 387 do Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei 2.736 de 2012, estabelece que a detração penal deve ser realizada pelo juiz de conhecimento no momento em que é prolatada a sentença condenatória, no ponto, verifico que o condenado permaneceu preso preventivamente no período entre o dia 31 de outubro de 2017 até essa data, aplicando a detração penal, consta o total de pena de 13 anos, 7 meses e 21 dias de reclusão e 4 meses e 20 dias de detenção”, sentenciou a juíza.

Relembre o caso

Na noite do dia 25 de outubro de 2017, Camilla Abreu foi vista pela última vez em um bar acompanhada do namorado Allison Watson, no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina.

Segundo o  inquérito policial, o ex-capitão teria ficado dois dias incomunicável, voltando apenas no sábado (28) e afirmando não saber do paradeiro da jovem. Ele alegava que tinha deixado a jovem em casa na noite do desaparecimento.

A família não acreditou e denunciou o caso para Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que iniciou a investigação.

Segundo a polícia, no dia 31 de outubro o ex-policial militar revelou onde o corpo de Camilla estava.

Ele teve a prisão em flagrante decretada, convertida em prisão preventiva no dia seguinte, e inicialmente ficou em uma prisão militar, mas em fevereiro de 2019 o Tribunal de Justiça do Piauí decidiu por unanimidade que ele fosse expulso da corporação.

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