Polícia Civil investiga morte de parentes após briga familiar em Teresina
Segundo o delegado, o crime aconteceu na manhã desse sábado (30), quando houve um desentendimento entre dois homens, que eram cunhados, identificados como Daniel Flauberth e Felipe Holanda.
Após a tragédia familiar que deixou dois cunhados mortos e uma pessoa gravemente ferida que chocou a população de Teresina, o delegado Baretta, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), falou ao Viagora sobre as informações já colhidas, e sobre os procedimentos a serem executados para o esclarecimento do caso.
Segundo o delegado, o crime aconteceu na manhã de sábado (30), no bairro São Pedro, quando houve um desentendimento entre dois homens, que eram cunhados, identificados como Daniel Flauberth e Felipe Holanda.
De acordo com o delegado, as investigações apontam que a motivação começou na noite anterior, sexta-feira (29), quando Daniel ficou incomodado com o choro de uma criança que é autista e filho de Felipe.
A briga
O delegado conta que no dia seguinte, pela manhã, quando a mulher de Daniel abriu a porta de casa, Felipe já estava esperando sentado, em uma área que é comum a todos da residência, com uma faca, dizendo estar esperando Daniel. “No dia seguinte, por volta das 8 horas, quando a mulher do Daniel abriu a porta, o Felipe estava sentado em uma área que é comum a todos da residência com uma faca, e disse que estava aguardando o marido dela. Ela pediu calma, segundo ela, mas ele estava muito exaltado, nisso o Daniel vinha saindo. Então ela foi ao encontro dele, colocou ele para dentro e fechou a porta, e o Felipe continuou chutando a porta no sentido de arrombar”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado Baretta, segundo as informações recebidas, Daniel pegou uma arma e efetuou disparo contra a porta, de dentro para fora. “Nesse momento, o Daniel pega uma arma, efetua um disparo de dentro para fora, o projetil atravessou a porta e foi se alojar na cabeça da moça que estava na área com as crianças”, conta. A mulher que foi baleada, se trata da babá, identificada como Juliana, que se encontra em estado grave no hospital.
“Depois teve uma luta corporal entre o Daniel e o Felipe, coadjuvado pela esposa de Felipe, que também disse que participou dessa contenda, mas não temos a informação se ela estava apartando a briga ou participando”, relata o delegado.
Na briga, Daniel foi atingido com um disparo na cabeça, e Felipe na virilha. Felipe morreu ontem no HUT. Já Daniel, morreu ainda no sábado (30).
Investigação
Conforme informações do delegado, ao que tudo indica, Daniel foi morto pela própria arma, mas que a Polícia Civil vai investigar o caso. “É o que se está posto, mas nem tudo que reluz é luz e nem tudo que balança cai. Eu aprendi muito cedo na polícia, que quando a coisa está muito patente, desconfie dela. A polícia Civil é uma polícia investigativa, ela tem que investigar, pois ao final do inquérito a Polícia Civil tem que responder todas as questões e deixar tudo apurado para não ter nenhuma dúvida quanto à ocorrência daquele dia”, explica.
No local, foi apreendida uma faca, que estava dentro de um jarro, e uma pistola 380, que segundo consta, foi utilizada para praticar o crime. “Foi encontrada uma faca dentro de um jarro, e uma pistola 380 que segundo consta foi utilizada para a pratica do crime. Depois o delegado de plantão recebeu mais duas armas que foram entregues pela esposa de Daniel, uma pistola 9mm e um revólver 357 que estavam em um cofre devidamente guardadas”, ressalta o delegado.
Conforme a polícia, Daniel era filiado a um clube de atiradores, praticante de tiro esportivo. “Segundo consta, o Daniel é filiado a clube de atiradores, tiro esportivo, e a gente verifica em um fato desse é que não podemos banalizar o uso de armas de fogo em prol de práticas esportivas”, conta o delegado.
Para o delegado, essa prática de aprendizado a tiro para defesa própria não seja tão bom para a sociedade, e pontua que quem tem o dever de proteger a população é apenas a polícia. “Você vê muito hoje, um pai que invés de levar o filho para uma igreja, uma escola, ele prefere levar em um clube de tiro. Será se isso é bom? Será se aprender a atirar é o suficiente para se defender e defender a sociedade? Talvez não. Quem deve defender a sociedade é a polícia que está preparada para isso, e a arma de fogo deve estar é na mão da polícia, ou quem de direito, e não aleatoriamente”, encerra.
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Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa - DHPP
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