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Motoristas e cobradores de ônibus iniciam greve nesta segunda em Teresina

Com 100% da frota do transporte coletivo parada, a população teresinense se locomove pela capital tentando outras alternativas.

  • Amanda Santiliana/ Viagora Greve do transporte coletivo em Teresina. 1 / 4 Greve do transporte coletivo em Teresina.
  • Amanda Santiliana/ Viagora Transporte coletivo de Teresina inicia segunda-feira em greve. 2 / 4 Transporte coletivo de Teresina inicia segunda-feira em greve.
  • Amanda Santiliana/ Viagora Greve do transporte coletivo em Teresina. 3 / 4 Greve do transporte coletivo em Teresina.
  • Amanda Santiliana/ Viagora Greve do transporte coletivo em Teresina. 4 / 4 Greve do transporte coletivo em Teresina.

Nesta segunda-feira (13), o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro), deu início a greve dos ônibus em Teresina.

Com 100% das frotas do transporte coletivo paradas, a população teresinense se locomove pela capital como consegue. Através dos veículos cadastrados pela Prefeitura de Teresina para circular durante a greve, ligeirinho ou por meio de motoristas por aplicativo.

O usuário do transporte coletivo Francisco Campelo, de 80 anos, aposentado, que estava esperando na parada de ônibus há quase uma hora, informa que aguardava um transporte para se locomover até a rodoviária, onde possui um restaurante, ele fala também que no domingo (12), passou duas horas esperando o coletivo.

“Nós usuários pobres que não tem condição de pegar nem uma moto, eu mesmo vou para a rodoviária, uma maior luta, já vim das hortas, lá não passou nenhum ônibus, lá é só Parque Jurema, é só uma opção. Ontem passei duas horas esperando o ônibus, isso já é demais. Culpa do prefeito, porque o prefeito não chega a um acordo com os empresários, porque é culpa dos dois”, comentou.

Francisco Capelo afirmou que se sente humilhado com a falta de transporte público, ele relata que não possui dinheiro para pegar transportes alternativos, como um mototáxi ou motorista por aplicativo.

“Eu me sinto muito chateado, com isso, muito humilhado, o idoso é muito humilhado hoje, e com essa greve só nos prejudica, eu não tenho dinheiro para pagar moto, só o meu cartão, tem moto que não passa cartão, muito chato para gente, eu só vou porque sou obrigado, sou obrigado a aguentar essa humilhação”, afirmou o idoso.

O aposentado também afirma que não condena o movimento grevista dos trabalhadores, pois, eles estão em busca de seus direitos. “Os motoristas tem razão, tem que reivindicar os seus direitos. Não trabalha? Não trabalha dia e noite? Então tem direito de reclamar. Quem vai trabalhar de graça? Todo mundo tem suas prestações, água, luz, aluguel as vezes, o motorista, o cobrador. Despesa de casa. Dou razão a eles, não sou contra não, eu concordo com eles, eles devem cobrar os direitos deles, todos tem seus direitos”, exclamou.

A costureira Socorro Andradre, relata que em quase uma hora de espera, nenhuma opção de transporte foi vista, ela relata que precisa ir para uma consulta médica, porém, não tem como ir sem ônibus.

“Não está passando nem alternativo até agora, nem um ônibus, então a gente se sente muito prejudicado, eu tenho que ir para o médico e estou aqui esperando sem saber se vou ou não vou, porque não tem nem esperança, nem expectativa, nem os ônibus que eles botam disponíveis não aparece”, relatou.

A autônoma diz que a greve do transporte público agravou mais os problemas de locomoção que os teresinenses enfrentam. “É horrível, é triste demais a gente não poder ir para lugar nenhum, porque nós praticamente estamos sem transporte público, ou com greve ou sem greve é sempre a mesma coisa, ruim demais, e com essa greve ruim demais mesmo”, disse.

A microempreendedora Maria do Socorro dos Santos, relata que alguns meios alternativos de transportes, cobra um valor elevado para transportar os usuários, e muitas vezes há pessoas que não podem pagar pela passagem devido ao alto valor.  “A gente que já tem pouco dinheiro, para pegar e vim, aparece esses ligeirinhos para a gente pagar R$7, R$ 5, R$ 6 reais, que eles se aproveitam esses dias da greve para a gente pagar um absurdo desses, cobra muito caro”, afirmou.

Sintetro

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro), pede a assinatura da convenção de motoristas e cobradores para assegurar os diretos da categoria.

Strans

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), informou que foram cadastrados cerca de 100 veículos para circular na capital durante a greve do transporte coletivo.

De acordo com a instituição, além dos veículos cadastrados, em Teresina há 20 vans que funcionam como transporte alternativo para serem utilizadas pela população.

Veja a nota abaixo na íntegra:

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informa que diante do indicativo de greve dos motoristas e cobradores anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transportes Rodoviários (Sintetro), prevista para início nesta segunda-feira (13), e assim que recebeu o ofício por parte do sindicato dos trabalhadores, deu início a convocação e ao cadastro de veículos para circularem durante o período de greve no transporte público na Capital.

A Strans informa que já consta no sistema da Gerência de Licença e Concessão, setor responsável pelo cadastro e vistoria dos veículos, para operar durante a greve dos trabalhadores do transporte público, um total de 100 veículos cadastrados (de um total de 254 veículos do banco de dados do órgão) entre ônibus, micro-ônibus e vans que já foram vistoriados e com prévia autorização do órgão para operar nas diversas linhas de ônibus determinadas a cada veículo cadastrado pela Strans, e assim atender aos usuários do transporte público na Capital, a partir desta segunda-feira (13).

Além dos veículos cadastrados para reforço, o sistema dispõe de 20 vans que operam no transporte alternativo e vão continuar atendendo a população neste período de greve dos trabalhadores do transporte público. Importante destacar que durante a greve dos trabalhadores do transporte público, os consórcios que operam o sistema do transporte público precisam disponibilizar a porcentagem mínima de 30% dos veículos da ordem de serviço determinada pela Strans, seguindo o que determina a legislação em caso de greve.

Por fim, destacamos que em caso de dúvidas sobre a documentação para realizar o cadastro dos veículos, o interessado pode entrar em contato com o setor responsável através do WhatsApp (86) 3122-7609.

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