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Juiz determina que FMS faça melhorias no setor ortopédico do HUT

A decisão que deferiu o pleito do Ministério Público do Piauí foi assinada no dia 15 de agosto pelo juiz de Direito Rodrigo Alaggio Ribeiro.

Ao longo deste ano, a 29ª Promotoria de Justiça de Teresina vem sendo vitoriosa em várias ações na Justiça em que pleiteia melhorias em setores do Hospital de Urgência.  Recentemente, o promotor de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes pleiteou a concessão de tutela de urgência para garantia da efetiva adequação na estrutura física, organização e funcionamento da Clínica Ortopédica da unidade de saúde. A decisão que deferiu o pleito foi assinada no dia 15 de agosto pelo juiz de Direito Rodrigo Alaggio Ribeiro.

  • Foto: Reprodução/Street ViewHospital de Urgência de Teresina na zona sulHospital de Urgência de Teresina, na zona sul

Vistoria realizada pela Divisão de Vigilância Sanitária Estadual (DIVISA) revelou que, no setor ortopédico do HUT, as enfermarias estavam acomodando 90 pacientes, embora só tivessem capacidade para 51 leitos. Foram detectadas várias outras falhas que prejudicam os protocolos de higiene, como a existência de lixeira com tampa porém sem pedal de abertura, ausência de dispensadores de álcool em gel, insufiência de climatização nas enfermarias e falta de registro de limpeza da central de condicionadores de ar, entre outros problemas.

Depois de enviado ofício à direção do HUT e da expedição de recomendação administrativa, o Ministério Público requereu realização de nova vistoria, desta vez pelo Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (COREN/PI). Os peritos da entidade confirmaram a superlotação no setor ortopédico, sendo que boa parte dos pacientes estava acomodada em macas dispostas nos corredores. O relatório noticia que a divisão de pacientes chega a ser de até dez leitos por profissional técnico de enfermagem, sem o critério do Sistema de Classificação do grau de dependência e complexidade da assistência.

Em sua decisão, o Juiz Rodrigo Alaggio fixou o prazo de 60 dias para que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) providencie a adequação do número de enfermarias à quantidade da demanda, a implantação de protocolos de segurança do paciente, o aparelhamento do carro de emergência com desfibrilador cardíaco e outros equipamentos.

O magistrado também determinou o incremento da escala de técnicos de enfermagem para garantia da continuidade da prestação de serviços durante eventuais afastamentos dos profissionais, a dispensação de medicamentos e suprimentos que não estavam sendo fornecidos pela farmácia, a correção da fiação exposta e outras melhorias de cunho estrutural, a exemplo da reparação do forro, da substituição de maçanetas quebradas e da troca dos colchões ou de suas capas, dependendo do caso.

Para Eny Marcos Pontes, criticou a Fundação Municipal de Teresina pela falta de cumprimento de obrigações. “Nesse caso, vê-se que o município não tem cumprido com seu inalienável e intransferível dever de bem prestar um razoável serviço de saúde pública, fazendo com que o sistema SUS não funcione adequadamente, com diversos problemas na estrutura e funcionamento do HUT, especialmente no setor ortopédico”, explicou o promotor de Justiça.

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