Wilson Martins e a moleza de ser governador
Na eleição foi bradado demais o refrão do molin, molin, mas não se esperava que depois fosse mergulhar de corpo e alma em tanta moleza e que ficasse mole ainda
Não resta dúvida de que o governo do Piauí é mole. Mas isso não é novidade, na campanha eleitoral de 2010 já decantava em prosa e verso a sua afinidade com o molin, molin. E se diz que foi moleza vencer o pleito, ainda não conseguiu se desvencilhar dela por continuar também mole para governar. Até parece que a moleza já faz parte da sua genética, porque aja moleza no seu organismo. Afinal, não consegue engrenar uma ação governamental em nenhuma área da administração do Piauí. Pois se trata de moleza congênita, ou seja, o governo já nasceu com ela. É como uma patologia crônica que, quanto mais se tenta remediar, fica pior a situação. Assim, melhor mesmo é não se esperar muito e seja o que Deus quiser.
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Lula (PT)
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Bolsonaro (PSC)
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Ciro Gomes
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Marina Silva (REDE)
Na eleição foi bradado demais o refrão do molin, molin, mas não se esperava que depois fosse mergulhar de corpo e alma em tanta moleza e que ficasse mole ainda mais. Pois teve tudo para mandar a moleza embora, porque conquistou o poder, o governo, a força política, a estrutura governamental, enfim, a capacidade de mando e, ainda assim, é mole na condução do Estado. Agora não tem mais o que fazer, explicar, pois foi erro de avaliação dos responsáveis pela molengagem. Acontece que o Piauí tem um histórico de moleza na sua governança e, nos tempos atuais, não cabe mais mole no seu comando. Daí o engano, porque às vezes o sujeito é tido como durão, bambambã, mas na hora de mostrar serviço, ou seja, de promover um governo de transformação aí se apresenta tão mole quanto os de antanho.
Assim, vem a pergunta: é possível reverter uma moleza depois de instalada? Não é fácil, porque o molenga geralmente tende a acomodar-se, a não reagir, deixar o tempo passar, entusiasmar-se com pouco. E quando menos se espera a oportunidade já se foi, esvaneceu-se, ficou tudo como antes, ou melhor, perdeu-se o tempo, a expectativa, a perspectiva. E quem paga o atrasado? O povo, que apostou numa realidade inatingível e que não passava de grande ilusão. E como se descobre uma moleza que está por vir? É quando o protagonista blefa, tergiversa, promete o que não vai cumprir, é incoerente no que diz e também quando as pessoas que estão ao seu lado não são diligentes, arrojadas, determinadas. Logo, basta observar o perfil da equipe do sujeito para se saber o grau de moleza que será perpetrada na coisa publica.
Ao consolidar o engano, forma-se um governo molinho, onde poucos trabalham e outros são embarcados no trem da alegria, que resume em viagens, eventos políticos, atos públicos, conversas fiadas, promessas vãs e simpatias gratuitas. O problema é que ao se acostumar com a moleza aproxima-se do fim. Pois nesses casos cria-se a sensação de que a moleza é eterna. Mas passa tudo muito rápido porque na ociosidade o tempo voa. Ocorre que nesse meio tempo, por não se realizarem as ações governamentais para o crescimento do Estado, grande parte da população, ao contrário de certos palacianos, passa a enfrentar mais dureza. Aí não tem outro jeito, grande contingente que apoiou o governo procura mudar de barco e buscar em outras agremiações partidárias alternativas políticas de ao menos manter as esperanças.
Acabada a aventura, é mais uma esperança que se diluiu. E a população fica ressabiada buscando em quem acreditar. Pois acha que todo mundo, nestas plagas, é mole por natureza. Pois até o que aparentemente se apresentava turrão, que nada, é mole também. O pior é que ante a tanta moleza, o Piauí fica marcando o passo, porque alguns estados circunvizinhos não param de crescer. As notícias deles são as mais alvissareiras.
E por que somos tão moles? Pois nos outros estados os que são considerados durões são intrépidos e denodados de verdade. No nosso caso tudo é muito diferente, pois o atual governo do Piauí não é só molin, molin, é na realidade uma tremenda molezona.
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