De cada mil armas existentes no Piauí, apenas uma é legalizada
Estudo da ONG Viva Rio aponta excesso de armas ilegais no Piauí. PM discorda dos números e acredita que a quantidade seja bem menor.
A dona de casa que não mostrar o rosto e relata momentos vividos durante a invasão da casa dela por bandidos armados e a mãe que chora a morte da filha atingida por uma bala perdida em plena rua, duas vítimas do crescimento do número de armas ilegais nas ruas do país.
Estima-se que 16 milhões de arma de fogo estejam em circulação no Brasil, metade delas na ilegalidade. Em 2005, os brasileiros participaram de um referendo popular e votaram pelo direito de ter uma arma em casa. Ao mesmo tempo, o estatuto do desarmamento determina que apenas autoridades oficiais podem ter um porte de arma, ou seja, o direito de carregar uma arma na cintura.
Possuir uma arma em casa é um direito concedido apenas a quem tem mais de 25 anos, que passe por um teste psicológico, treinamento de tiro em uma empresa particular ou na Polícia Federal e que prove que tem a necessidade de ter a posse a da arma. Entretanto, segundo uma pesquisa da Ong Viva Rio, de cada mil arma existentes no estado do Piauí, apenas uma é legalizada.
Segundo o especialista em segurança Alípio Castelo Branco, a lei do país é rígida, o problema é que armas entram em pontos da fronteira do país onde não existem fiscalização. “São os contrabandos. Essas armas que chegam pela fronteira do Brasil não tem legalidade e tem destino certo: as mãos dos marginais. O que precisa de fato, que é um processo longo, é aumentar a fiscalização nas fronteiras”, afirma.
Entre 2006 e 2012, foram apreendidas no Piauí cerca de 3.800 armas ilegais, 71% eram de fabricação nacional e de pequeno calibre, 29,6% eram de instituições públicas e foram recuperadas em operações policiais. Este último número faz do Piauí o primeiro no ranking de armas oriundas do poder público utilizadas por criminosos.
Segundo o sociólogo Benedito Carlos, o governo tem a maior parcela de responsabilidade sobre a situação existente. "O desarmamento desarma o cidadão comum, mas o criminoso continua armado. A polícia de todas as cidades tem uma parcela nessa culpa, pois é envolvida com o crime e com a circulação da arma ilegal. É preciso fazer uma eliminação dos policias envolvidos com o crime e esquecer um pouco essa história de desarmar o cidadão comum”, opina.
A Policia Militar informou que continua com o trabalho ostensivo de combate a ilegalidade e que as armas apreendidas pela corporação são repassadas ao exército, para que seja feita a destruição do material. A PM discorda dos números repassados pela Ong Viva Rio e acredita que a quantidade de armas ilegais seja bem menor.
Estima-se que 16 milhões de arma de fogo estejam em circulação no Brasil, metade delas na ilegalidade. Em 2005, os brasileiros participaram de um referendo popular e votaram pelo direito de ter uma arma em casa. Ao mesmo tempo, o estatuto do desarmamento determina que apenas autoridades oficiais podem ter um porte de arma, ou seja, o direito de carregar uma arma na cintura.
Possuir uma arma em casa é um direito concedido apenas a quem tem mais de 25 anos, que passe por um teste psicológico, treinamento de tiro em uma empresa particular ou na Polícia Federal e que prove que tem a necessidade de ter a posse a da arma. Entretanto, segundo uma pesquisa da Ong Viva Rio, de cada mil arma existentes no estado do Piauí, apenas uma é legalizada.
Segundo o especialista em segurança Alípio Castelo Branco, a lei do país é rígida, o problema é que armas entram em pontos da fronteira do país onde não existem fiscalização. “São os contrabandos. Essas armas que chegam pela fronteira do Brasil não tem legalidade e tem destino certo: as mãos dos marginais. O que precisa de fato, que é um processo longo, é aumentar a fiscalização nas fronteiras”, afirma.
Entre 2006 e 2012, foram apreendidas no Piauí cerca de 3.800 armas ilegais, 71% eram de fabricação nacional e de pequeno calibre, 29,6% eram de instituições públicas e foram recuperadas em operações policiais. Este último número faz do Piauí o primeiro no ranking de armas oriundas do poder público utilizadas por criminosos.
Segundo o sociólogo Benedito Carlos, o governo tem a maior parcela de responsabilidade sobre a situação existente. "O desarmamento desarma o cidadão comum, mas o criminoso continua armado. A polícia de todas as cidades tem uma parcela nessa culpa, pois é envolvida com o crime e com a circulação da arma ilegal. É preciso fazer uma eliminação dos policias envolvidos com o crime e esquecer um pouco essa história de desarmar o cidadão comum”, opina.
A Policia Militar informou que continua com o trabalho ostensivo de combate a ilegalidade e que as armas apreendidas pela corporação são repassadas ao exército, para que seja feita a destruição do material. A PM discorda dos números repassados pela Ong Viva Rio e acredita que a quantidade de armas ilegais seja bem menor.
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