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Policial Militar agride e ameaça dois estudantes com arma de fogo na zona Sul de Teresina

O coronel Sá Júnior, da Polícia Militar, aconselha que as famílias procurem a Corregedoria da PM e denunciem o caso

Segundo testemunhas, nesta última terça-feira (18) um policial militar teria agredido dois jovens nas imediações da Escola Municipal Antilhon Ribeiro Soares, no bairro Lourival Parente, Zona Sul de Teresina. Segundo Joana Monteiro, diretora da escola, o PM foi chamado por conta de bombas juninas que estavam sendo jogadas na unidade. “Eu chamei para ele ajudar com essa situação, mas depois vieram me chamar porque ele estava batendo nos garotos na rua”, afirma.

Imagem: ReproduçãoPolicial teria agredido dois jovens nas proximidades desta escola(Imagem:Reprodução)Policial teria agredido dois jovens nas proximidades desta escola

Wigley Oliveira Sousa, um dos jovens suspostamente agredidos, afirma que descia a rua da escola quando viu o policial chegando de moto e já apontando uma arma. “Ele veio com arma desde a esquina e por isso eu coloquei logo as mãos na cabeça. Ele chegou rasgando minha farda, me jogando no chão e batendo. Depois ele pegou o meu colega”, conta. Um jovem de 17 anos seria a segunda vítima.

A ação do PM revoltou a família dos jovens. “Uma autoridade não pode fazer isso. Esse policial já tem a fama de espancar as pessoas. Eu vou procurar os direitos do meu filho”, diz Antônia Siqueira, mãe de Wigley.

Maria Conceição de Sousa, tia do menor, afirma que ainda procurou o militar para saber por que ele teria agredido seu sobrinho. “Quando perguntei porque ele fez aquilo, ele me xingou e foi embora. Ele não pode bater e nem ofender ninguém”, opina.

Uma funcionária da escola, que não quis se identificar, diz ter testemunhado as agressões. “Ele parou a moto e já chegou espancando os garotos, puxando arma e pisando os alunos. Um outro funcionário também viu isso. Eu comecei a chorar ao ver a cena, porque eu também tenho um sobrinho e me coloquei no lugar deles”, relata.

O coronel Sá Júnior, da Polícia Militar, aconselha que as famílias procurem a Corregedoria da PM e denunciem o caso. “Indico que os familiares procurem a corregedoria para registrar uma ocorrência administrativa, para que o caso seja investigado. Caso seja comprovada a agressão, esse PM pode levar uma advertência, ser preso ou até expulso da corporação”, finaliza.

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Willame Moraes

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