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GAECO deflagra Operação Primus e cumpre mandados no Piauí

Os mandados foram cumpridos nos municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves, Uruçuí, Floriano, Landri Sales, Teresina, Timon-MA e Campo Alegre de Lourdes-BA.

Nesta segunda-feira (11), o Ministério Público do Piauí (MPPI), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação “Primus” cumprindo 41 mandados de busca e apreensão e cientificou 2 alvos da aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, segundo Decisão do Desembargador Relator Sebastião Ribeiro Martins, da 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí.

Conforme o MPPI, a ação contou com apoio Polícia Civil (PC-PI), a Polícia Militar (PM-PI), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), a Controladoria-Geral da União no Piauí (CGU-PI), a Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI) e o GAECO do Ministério Público da Bahia.

Foto: Divulgação/ MPPIOperação Primus da GAECO/MPPI.
Operação Primus da GAECO/MPPI.

Ainda segundo o MPPI, os mandados foram cumpridos nos municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves, Uruçuí, Floriano, Landri Sales, Teresina, Timon-MA e Campo Alegre de Lourdes-BA.

De acordo com o órgão ministerial, a operação tem o objetivo de investigar a prática dos crimes de desvios de recursos público, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, cometidos através de contratos firmados entre empresas de fachada e o município de Baixa Grande do Ribeiro.

Ainda segundo o MPPI, a investigação tem como alvo políticos e seus familiares, servidores públicos, empresas com atuação no município e seus sócios-proprietários.

Com base na investigação, foi apontada que há um conluio entre políticos, empresários e servidores públicos visando o desvio de recursos públicos do município de Baixa Grande do Ribeiro. A ação funcionava da seguinte forma: (a) direcionamento de licitações às empresas de fachada utilizadas pela organização criminosa, seguido de suas contratações com sobrepreço pelo gestor municipal; (b) a inexecução e/ou sobreposição de obras; (c) repasse do recurso público das contas bancárias das empresas de fachada diretamente para as contas bancárias dos empresários, políticos e seus familiares, bem como de empresas ligadas a eles.

Ao Tribunal de Justiça do Piauí, o GAECO requereu medidas assecuratórias de bens em nome dos investigados que resultou no bloqueio de bens no valor de R$ 1.869.867,00 (um milhão, oitocentos e sessenta e nove mil, oitocentos e sessenta e sete reais), montante este já contabilizado como desviado pela organização criminosa.

Um efetivo de 108 integrantes atuou na Operação “Primus”, com a contribuição direta dos Promotores de Justiça dos Estados do Piauí e da Bahia, Delegados e Agentes da Polícia Civil, equipes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, servidores do Ministério Público Estadual, auditores do TCE e da CGU.

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