Viagora

Presidente da AIP dispara: "o povo do Piauí gosta de miséria"

A declaração foi feita depois que a empresa Suzano resolveu retirar a empresa do Piauí e investir no Maranhão


O presidente da Associação Industrial Piauiense (AIP), Gilberto Pedrosa, ao analisar os fatores que resultaram na decisão da Suzano de abandonar o projeto – que custou mais de R$ 5 bilhões para o Piauí – afirmou que “o povo do Piauí gosta de miséria” e que isso seria uma “questão cultural”.

“O Maranhão tem uma infraestrutura melhor do que o Piauí, mas o fato é que o Piauí não queria a Suzano aqui”, disse o empresário.

Segundo ele, os investimentos que seriam feitos pela Suzano e a cadeia de negócios que seriam gerados em torno do empreendimento da empresa, permitiriam a geração de emprego e renda para o Estado, o que compensaria todo o esforço do governo e da sociedade para garantir a viabilidade da indústria em Palmerais.

O presidente da AIP revelou ainda que o Governo do Estado prometeu as condições e incentivos necessários para a instalação da empresa, mas não se articulou adequadamente para garantir as demandas. A fraca mobilização, de acordo com ele, é demonstrada pelas intervenções do Ministério Público Federal nas licenças ambientais e pela inclusão das margens do Rio Parnaíba no bioma de Mata Atlântica pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que acabaram atrasando as obras de instalação da empresa e dobrando os custos.

Por outro lado, o governador Wilson Martins recorreu a presidente Dilma Rousseff e ao Ministério da Indústria e Comércio, a flexibilização para que o Estado consiga recursos por meio do FNE (Fundo Constitucional do Nordeste) ou do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para manter a empresa no Piauí.

“Esse é um esforço do Governo Federal e nosso para reestudar e reexaminar uma forma para a Suzano continuar a trabalhar no Piauí”, disse o chefe do executivo do Estado.


Facebook
Veja também