"Nas convenções de agosto irei me filiar ao PL", diz Major Diego Melo

O major Diego Melo, pré-candidato a governador pelo Partido Liberal (PL), declarou que irá se filiar no período de convenções partidárias em agosto deste ano. O militar também falou sobre a organização da sigla no Piauí, após a jornalista Samantha Calca assumir a presidência estadual.

Diego Melo explicou ao Viagora que por conta de uma medida Constitucional deverá se filiar ao PL somente em agosto, diante do seu posto de militar da ativa.

Foto: Luis Marcos/ Viagora

Major Diego Melo

“Como eu sou militar da ativa, a Constituição não permite que eu me filiar a um partido, infelizmente, temos essa restrição constitucional, e o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral só permite a filiação dos militares da ativa nas convenções, então nas convenções eu faço a minha filiação e concomitante com a ata de convenção terá minha filiação, então nas convenções em agosto irei me filiar ao PL”, pontua Digo Melo.

Apesar de ainda não estar filiado, o major afirmou que já tem dialogado com alguns evangélicos para a escolha de um nome que seja seu representante como vice na chapa.

“Tenho conversado com muitos nomes, inclusive evangélicos, eu sou católico, mas entendo que é uma batalha que não é só material e espiritual, mas sem pressa porque tem que ser realmente alguém que some, que possa estar com o mesmo propósito e proposta e que possa em uma eventual ausência me substituir com o mesmo objetivo, então nós estamos conversando”, diz Diego Melo.

O Partido Liberal passa por uma reformulação após a filiação do presidente da República Jair Bolsonaro a sigla, no Piauí a sigla era aliada a base governista do PT. Para o major os principais desafios a partir desse novo cenário de reorganização será levar o novo projeto político de oposição aos piauienses.

“Assumimos recentemente com a Samantha Cavalca, nossa responsabilidade é organizar o PL e levar essa proposta aos bolsonaristas, as pessoas que são afastadas do PT. O PL é um partido coligado com o PT aqui, então muda tudo, estamos começando do zero, então nesse momento é conversar com essas pessoas, com os 224 municípios do Estado que merecem atenção e fazer a pré-campanha, o plano de governo, esse entendimento do povo piauiense, da necessidade dessa mudança de verdade que sonhamos e que estamos propondo”, explica.

Diego Melo pontuou também que a proposta do partido será contribuir no desenvolvimento dos piauienses e na construção de um estado liberal com menos impostos, taxas e burocracia, propiciando mais empregos e renda.

“Temos que enxergar os malefícios que a esquerda fez não só no Piauí, mas no Brasil e no mundo, é uma proposta muito distante do que tem já colocado pelos outros pré-candidatos, que são muito ligados a esquerda, eles flertam, tem parcerias, já tiveram e dizem que vão ter, a nossa não. Quem quiser se somar nós conversamos, mas não temos compromisso com o PT, nem PCdoB, os partidos de extrema esquerda nós somos distantes, PCO, o PSOL não temos conversa com eles, a nossa proposta é de um estado liberal com menos impostos, taxas e menos burocracia, mais emprego e renda, mais empreendedores, mais dinheiro na mão do povo e não do estado para que o povo possa ele mesmo com liberdade crescer, se desenvolver e progredir, então esse é nossos desafio nesse espaço curto de tempo  de conquistar a maioria do povo do Piauí, 50% mais um está bom, vencer a eleição e fazer uma gestão digna e honesta que realmente marque a história do Piauí”, complementa.

A possibilidade de uma chapa pura não foi descartada pelo pré-candidato que ressaltou não ter preocupações com tempo de tela e recursos econômicos.

“Tem sim [a possibilidade], não tem problema. Não fazemos essas contas que eles fazem de tempo de televisão e de dinheiro, isso talvez para a proporcional, mas majoritária não", pontua Diego Melo.

Por fim, Diego Melo falou sobre as recomendações do presidente da república, Jair Bolsonaro, acerca do respeito aos valores da família. O pré-candidato ressaltou também que seu objetivo é trabalhar em prol do cidadão de bem, das mulheres, crianças e idosos.

Eu o cumprimentei, não cheguei a conversar, mas o presidente sempre diz para que nós cuidemos do Piauí, respeitar os valores da família, liberdade, trabalhar com honestidade, o presidente não conversa com desonesto, ele não quer nem estar perto. Não faço questão de voto de bandido, não vote em mim que eu vou para cima de você, você vai se arrepender. Eu quero o voto do cidadão de bem, quero defender o cidadão de bem, as mulheres, as crianças, os idosos, os pais de família, os homens sérios, e vou para cima da bandidagem que comigo não vai ter vez nem voz, eu não quero nem saber, se quiser ser bem tratado não cometa crimes, é assim que eu penso. É por isso que estamos juntos desde 2016, são seis anos de história com muita luta, duas eleições, a gestão”, destaca.

O militar pontuou ainda que seu ingresso na política se deve a um convite do grupo político de Bolsonaro e reafirmou que irá defender a bandeira do presidente.

“Eu sou major da Polícia Militar do Piauí, felizmente eu tenho uma profissão, eu não estou nisso para arranjar emprego, ou para fazer trampolim. Eu gosto de ser policial militar, tenho o maior orgulho, eu passei no concurso com 17 anos, muito cedo e com 18 anos em Fortaleza comandei uma operação com 200 policiais. Eu criei Rony, BOP, Força Tática, Ronda Cidadão, muitos projetos que ajudei a construir. Então eu sou segurança pública e entrei na política pelas mãos do presidente que me convidou a ser candidato, eu nunca pensei, hoje eu entro novamente com mais essa missão me dada pelo presidente, Flávio Bolsonaro pelo PL para defender as bandeiras verde e amarela do presidente Bolsonaro no Piauí”, finaliza.