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"Na Itália, ser goleiro é a coisa mais difícil do mundo", diz Buffon

Com 20 anos na seleção, goleiro e capitão da Azzurra se acostuma a conviver com críticas e tenta orientar novatos até 2014

Título mundial, prêmios individuais e o reconhecimento de ser um dos maiores goleiros da história do futebol. Por muito menos os brasileiros já transformaram goleiros em ídolos. Porém, mesmo com esse currículo invejável, Gianluigi Buffon sofre com a cobrança dos italianos.

Contudo a experiência de Gigi, como chamam o capitão da seleção italiana na terra natal, traz a maturidade necessária para compreender e relevar as críticas.

Na Itália, ser goleiro é a coisa mais difícil do mundo. Porque a crítica que os goleiros sofrem de uma maneira geral aqui na Itália é sempre negativa. Se eu falho, eles falam por quatro meses daquele erro. Mas tudo bem, se eles falam tanto é porque não estão acostumados a me ver falhar disse o goleiro, que lamentou não ter conseguido defender falta cobrada por Neymar na derrota por 4 x 2 no último jogo da fase de grupos.

Buffon já foi eleito nove vezes o melhor goleiro do mundo. Uma bagagem que o faz ter mais responsabilidade em campo, guiar os novatos, orientar os companheiros. Um capitão com a missão de intervir e conversar pelo melhor desempenho.

Eu acho que o jogador jovem tem direito de errar. E é com o erro que ele pode amadurecer e virar um homem, um ponto de referência para os outros companheiros. O jogador fora do campo pode fazer o que quiser, o importante é que dentro de campo dê seu máximo para ajudar os outros dez - analisou.

O goleiro lidera o elenco que decidirá o terceiro lugar contra o Uruguai, neste domingo, às 13h, em Salvador. Após o jogo, a Itália voltará à Europa com foco nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2014. Buffon tem suas apostas no futuro de Balotelli e El-Shaarawy. Titular há mais de 20 anos, o experiente Gigi sabe como funciona a tradição de uma seleção de vencedores e goleiros respeitados.

A Itália sempre teve três dos melhores goleiros do mundo, em cada seleção e em cada período do futebol. É uma constante. Agora quando eu olho para trás e penso na minha carreira (...) vejo que foi realmente duro conseguir ser titular da seleção há vinte anos - recordou.
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