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Servidores de Teresina em greve radicalizam o movimento e paralisam o setor de radiologia do HUT

A reação dos servidores se deve a descontos feitos nos contracheques dos grevistas. Eles reivindicam, além da devolução dos valores deduzidos, a implantação do

Os servidores municipais de Teresina resolveram radicalizar a greve que já dura mais de 40 dias. As ações se concentraram, nesta quinta-feira (04/04), no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O setor de radiologia do hospital está completamente parado.

Todos os técnicos em radiologia paralisaram suas atividades, impossibilitando a realização de exames como radiografias, por exemplo. Anteriormente, eles vinham mantendo 30% do efetivo, como determina a lei. Por conta da paralisação, os exames de Raio X estão sendo substituídos por tomografias, que oferecem mais riscos ao paciente, por submetê-lo a maior radiação.

A reação dos servidores se deve a descontos feitos nos contracheques dos grevistas. Eles reivindicam, além da devolução dos valores deduzidos, a implantação do piso da categoria, que é de R$ 1.090,00. Atualmente, eles recebem um salário base de R$ 586,00. Um deles, Hélio Holanda, afirma que, no último mês, recebeu apenas R$ 345,00.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, os trabalhadores estão revoltados com o posicionamento da Prefeitura de Teresina. Eles dizem que, após acenar para a possibilidade de acordo, o Executivo municipal voltou atrás e afirmou que só retoma a negociação com o fim da greve.

Os servidores municipais estão concentrados em frente ao HUT, com faixas e carro de som. No geral, eles requerem um reajuste salarial de 46, 59%, retroativo ao mês de março. A greve foi decretada ilegal. Os servidores impetraram recurso, mas a decisão ainda não saiu.
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