Brasil tem mais de 1,6 mil empresas denunciadas por assédio eleitoral

O Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou nessa sexta-feira (28), dados recentes que apontam registros de 2.076 denúncias de assédio eleitoral em 1.618 empresas em todo o Brasil. O número de casos foi considerado o maior registrado pelo órgão a dois dias para o segundo turno das eleições.

De acordo com informações do MPT, a região Sudeste possui o maior número de denúncias, com 844 registros e 649 empresas acusadas. Logo após, a região Sul está na segunda colocação com 603 denúncias e 480 empresas envolvidas.

Até o momento da divulgação desses dados, o MPT afirmou que a região Nordeste tinha recebido 361 denúncias em casos referentes a 291 empresas. Já as regiões Centro-Oeste registram 163 denúncias 134 empresas e Norte apresentou 105 denúncias e 64 empresas.

Ainda segundo o órgão ministerial, o número de denúncias em 2018, há quatro anos, foi de 212 envolvendo 98 empresas. Este total de casos de assédio eleitoral é quase 10 vezes menor do que os apontados no pleito de 2022.

O crime de assédio eleitoral:

Conforme o Ministério Público do Trabalho (MPT), o crime de assédio eleitoral é tipificado em lei no Brasil, que garante constitucionalmente o voto secreto, pessoal, intransferível e livre.

O órgão explica que este tipo de coação é mais comumente praticada em empresas ou por patrões contra empregados. Contudo, existe a possibilidade de servidores públicos tentarem influenciar os trabalhadores a votar em determinado candidato se utilizando se sua autoridade.

O MPT disponibiliza canais de denúncia em que o crime pode ser denunciado, como o aplicativo MPT Ouvidoria, além do app Pardal, que pode ser baixado nas lojas virtuais de smartphones. Os eleitores também podem encaminhar os indícios de práticas indevidas ou ilegais de assédio eleitoral no site do órgão.

Com informações da Agência Brasil