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Arrecadação federal atinge R$ 205,47 bilhões no mês de outubro

De acordo com os dados divulgados, no acumulo do ano, a arrecadação alcançou R$ 1,83 trilhão, representando acréscimo acima da inflação de 9,35%.

A Receita Federal, divulgou nesta terça-feira (29), que a União arrecadou R$ 205,47 bilhões em impostos no mês de outubro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, teve um crescimento real de 7,97%, ou seja, acima da inflação em valores corrigidos Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor é maior desde 2000, tanto para outubro quanto para o período acumulado.

De acordo com os dados divulgados, no acumulo do ano, a arrecadação alcançou R$ 1,83 trilhão, representando acréscimo acima da inflação de 9,35%. Os dados podem ser consultados no site da Receita Federal. As receitas administradas pela RF, o valor arrecadado no mês passado, ficou em R$ 185,284 bilhões, representando um acréscimo real de 7,39%, e no período acumulado de janeiro a outubro a arrecadação alcançou R$ 1,71 trilhão, assim tendo alta real de 7,62%.

Conforme os dados, a explicação do aumento, pode se dar pelo crescimento de recolhimentos dos Impostos de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. A Receita Federal afirma que são importantes indicadores da atividade econômica, sobretudo, o setor produtivo.

Lucro das empresas

Segundo a pesquisa, o IRPJ e CSLL totalizaram uma arrecadação de R$ 53,88 bilhões, com o crescimento real de 13,01% em relação ao mesmo mês de 2021. Esse resultado é explicado pelo acréscimo real de 11,24% na arrecadação da estimativa mensal de empresas. Na apuração por estimativa mensal, o lucro real apurado anualmente, sendo que a empresa está obrigada a recolher mensalmente o imposto, calculado sobre uma base estimada.  Houve crescimento de 23,06% na arrecadação do balanço trimestral e de 10,50% na arrecadação do lucro presumido.

“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 40 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a outubro deste ano, e de R$ 36 bilhões, no mesmo período de 2021”, disse a Receita Federal.

Outros destaques

A arrecadação destaque foi a de outubro da Receita Previdenciária, que alcançou R$ 44,98 bilhões, com acréscimo real de 6,33, em razão do aumento real de 15,90% da massa salarial. No acumulado do ano, o resultado chega a R$ 440,66 bilhões, alta real de 6,21%. O último item pode ser explicado pelo aumento real de 7,38% da massa salarial e pelo aumento real de 17,37% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a outubro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, informou o órgão.

A Receita também apontou que houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do IRPJ e da CSLL.

Indicadores macroeconômicos

Dados da Receita Federal, apresentou os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação, tanto no mês quando no acumulado do ano, entre eles estão: figura a venda de serviços, com crescimento de 9,70% em setembro (fator gerado da arrecadação de outubro e 8,74% no ano); e a massa salarial que manteve o crescimento significativo de 24,21% no mês (18,57% no ano), em relação ao mesmo mês do ano passado.

O órgão afirma que o valor em dólar das importações também teve aumento de 11,82%, em relação a setembro de 2021 (25,32% no ano).

Segundo a Receita Federal, a produção industrial teve expansão de 1,17% em setembro, mas apresentou queda de 1,20% no acumulo do ano, comparado ao período de janeiro a setembro do ano passado. Já teve alta na venda de bens, de 1% no mês e redução de 0,95% no ano.

Com informações Agência Brasil.

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