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Ministro da Saúde anuncia incorporação de tecnologia para tratar AVC

O procedimento é usado na fase aguda do AVC, onde através da inserção de um cateter no vaso sanguíneo para desobstrução e restauração do fluxo do sangue.

Nesta quarta-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão da trombectomia, nos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), até o fim de 2022.

O procedimento é usado na fase aguda do AVC, onde através da inserção de um cateter no vaso sanguíneo para desobstrução e restauração do fluxo do sangue. De acordo com o ministro, o procedimento será implantado inicialmente em centros que possuem estrutura para realiza-lo. "São 88 centros do Brasil que realizam o tratamento especializado no AVC, mas não são todos esses que terão essa tecnologia em um primeiro momento. Isso é feito degrau por degrau. Só pode estar disponível naqueles centros onde há qualificação técnica de equipes de profissionais habilitados”, explicou.

Foto: DivulgaçãoMédico Marcelo Queiroga
Médico Marcelo Queiroga

O anúncio da implementação da tecnologia foi realizado na abertura do Global Stroke Alliance  for Stroke without Frontiers, um congresso médico destinado a debater o Acidente Vascular Cerebral (AVC), ocorrido na cidade de São Paulo.

Ainda de acordo com o ministro da saúde, os hospitais onde o procedimento será implantado, serão escolhidos com base nos indicadores que a unidade hospitalar apresenta baseada nos dados de mortalidade ocasionada por AVC, internações e reinternações de pacientes.

O ministro Marcelo Queiroga também relembra que a maneira de cuidar de um AVC, é a atenção primaria ao problema como o controle da hipertensão arterial e diabetes, ele comenta também que pessoas que tiveram AVC precisam de terapia para desobstruir as artérias. "Essa é a maneira mais eficaz de reduzir óbitos por AVC, mas aqueles que têm precisam de terapia para reperfundir a artéria que está obstruída levando ao AVC. Isso se faz com trombolíticos, que são os medicamentos que dissolvem o coágulo, ou então com a trombectomia. É como acontece no infarto, mas a logística do AVC é mais complexa porque temos menos tempo", disse.

Ainda segundo o ministro, a implantação da trombectomia está dentro das capacidades de financiamento do sistema brasileiro. “No caso da trombectomia, foi avaliado, e a razão de custo e efetividade incremental está dentro do patamar de limiar que o sistema brasileiro suporta financiar. Essa questão dos custos não é a preocupação maior em relação a essa terapia. A nossa maior atenção é garantir que os resultados dos ensaios clínicos se repliquem na prática", afirmou.

com informações da Agência Brasil

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