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Copom eleva juros básicos da economia para 13,75% ao ano no país

Segundo comunicado da Copom, o Banco Central (BC) manteve o ritmo de aperto monetário sendo esse o maior nível da taxa desde janeiro de 2017.

Por conta da guerra na Ucrânia e a possível recessão nos Estados Unidos, que afeta como um todo a economia global, por unanimidade o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa básica de juros do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) de 13,25% para 13,75% ao ano.

Segundo comunicado da Copom, o Banco Central (BC) manteve o ritmo de aperto monetário sendo esse o maior nível da taxa desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75%, e representa o 12° reajuste consecutivo do Selic colocando o Brasil como país de maior taxa de juro real do mundo entre as 40 maiores economias.

De acordo com as informações do Comitê, de março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de dezembro do ano passado até maio deste ano.

O que é a Selic?

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. 

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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