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Governo pretende retirar 900 brasileiros de Israel até sábado

Os cidadãos que se encontram nas áreas afetadas pelo conflito entre os países devem ser retornar por meio de aviões da FAB até o próximo sábado (14)

Entre esta terça-feira (10) e este sábado (14), o Governo Federal pretende repatriar 900 brasileiros que se encontram em Israel e na Palestina. Segundo Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, as listas de cidadãos que devem retornar ao Brasil estão sendo coordenadas juntamente com o Ministério das Relações Exteriores.

O Itamaraty afirma que a atual prioridade do órgão é realizar a repatriação daqueles que residem em território brasileiro ou que não possuem passagem aérea para retorno. Até então, cerca de 1,7 mil brasileiros se mostraram interessados em voltar ao seu país de origem, devido ao conflito entre Israel e o grupo Hamas iniciado no último final de semana, sendo a maioria turistas que estão em Israel.

“Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar”, comunica o Ministério das Relações Exteriores através de nota.

Seis aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) já foram reservadas para realizar a retirada dos brasileiros que estão nas áreas atingidas pelo conflito. O segundo avião enviado pela FAB, do tipo KC-30, deixou a Base Aérea de Brasília nessa segunda-feira (9). A aeronave decolou às 16h20, em direção à cidade de Roma, na Itália, e depois seguirá para Tel Aviv, em Israel.

Já o primeiro avião, do tipo Airbus A330-200, mas convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, deixou o Brasil na tarde do último domingo (8). A aeronave já se encontra na capital italiana e está previsto para decolar, rumo à Tel Aviv, ainda nesta terça-feira (10).

No que diz respeito aos brasileiros que estão no território da Faixa de Gaza, área mais afetada pelo conflito, o governo brasileiro elabora um plano de evacuação, coordenado pela Embaixada do Brasil no Cairo, capital do Egito.

“O Escritório de Representação em Ramala segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo”, informa o Ministério através de nota.

Segundo estimativas do Itamaraty, pelo menos 30 brasileiros residem na Faixa de Gaza e mais 60 vivem em Ascalão, cidade israelense ao norte de Gaza, e em outros territórios dentro da zona de conflito. A embaixada brasileira em Israel já havia reunido, até o último domingo (8), informações sobre cerca de 1 mil brasileiros, hospedados nas cidades de Tel Aviv e Jerusalém, interessados em retornar ao Brasil.

Israel X Palestina

Até essa segunda-feira (9), terceiro dia de conflito, Israel já havia convocado 300 mil reservistas, além de ter realizado mais de 2 mil bombardeios ao território da Faixa de Gaza, impondo um bloqueio à região que impede a entrada de comida, água e combustível. A ação é em retaliação aos ataques armados do grupo Hamas, movimento islâmico que controla Gaza.

Foto: Divulgação/ TwitterIsrael após bombardeio
Israel após bombardeio

Do outro lado da fronteira, o Hamas afirmou que irá executar reféns israelenses em resposta a cada bomba que atingir civis palestinos, disparada por Israel. De acordo com o grupo islâmico, já são mais de 100 prisioneiros.

Desde que o Hamas iniciou a nova fase dos conflitos entre Israel e Palestina, no último sábado (7), mais de 1.500 mortos já foram identificados, sendo 900 deles em Israel e os outros 600 na Faixa de Gaza. Os bombardeios já deixaram 5 mil feridos.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, afirma que solicitou ajuda humanitária internacional aos civis palestinos que se encontram na Faixa de Gaza, assim como ao fim dos ataques a Israel e aos territórios palestinos ocupados.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, pediu que as Nações Unidas intervenham, para impedir a “agressão israelita em curso”. De acordo com ele, é necessário prevenir uma situação de catástrofe humanitário, especialmente no território da Faixa de Gaza.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu propôs que seja formado um governo de união nacional, que conte com a participação de líderes de oposição. O gestor reforçou que as ações marcam apenas o início das retaliações aos atos do Hamas.

Com informações da Agência Brasil

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