Engenheiro Wallardson Lopes diz que Apeag "só existe no papel"

No próximo dia 14 de dezembro, vai acontecer a eleição para escolha da nova presidência da Associação Piauiense dos Engenheiros Agrimensores (Apeag). Pela primeira vez, desde 1978, surge uma chapa de oposição para o cargo atualmente ocupado por Ronildo Brandão da Silva. 

O engenheiro agrimensor e empresário Wallardson Lopes está encabeçando a chapa 2 e, durante entrevista ao Viagora, falou sobre a necessidade urgente de mudança para que a Associação possa ter representatividade e aumentar o número de associados, dentre outros assuntos.

• Foto: Hélio Alef/ViagoraEngenheiro Wallardson Lopes, candidato a presidência da Apeag.

A votação irá acontecer de 8h às 18h no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI), localizado próximo à praça Demóstenes Avelino, no Centro de Teresina. Todos os engenheiros agrimensores filiados à Associação em dias com a anuidade poderão votar.

Viagora: Na sua opinião, como encontra-se a Associação Piauiense dos Engenheiros Agrimensores atualmente?

Wallardson Lopes: A associação hoje se encontra sem investimento, sem acesso, ela é uma instituição que praticamente só existe no papel, a gente não tem sede própria, não tem um plano a longo prazo, é uma instituição que foi fundada em 1978, mas até hoje não tem uma estrutura sólida, vamos dizer assim.

Viagora: É a primeira vez que ocorre eleição para presidência da Associação?

Wallardson Lopes: Nunca houve uma eleição de duas chapas, a atual gestão está desde o dia que foi fundada até hoje. Inclusive essa gestão completa três anos agora devido a um recurso que a gente teve que entrar na Justiça, porque quando a gente lançou uma chapa concorrente eles embargaram nossa chapa. Nós tivemos que ir à Justiça e eles internamente prorrogaram o mandato e estão até hoje.

Viagora: Por que o senhor decidiu se candidatar à presidência da Apeag?

Wallardson Lopes: A ideia e o jeito da atual gestão trabalhar não combinam com o nosso, a gente tentou até conversar, mas são políticas completamente diferentes, não tem como trabalhar.

• Foto: Hélio Alef/ViagoraO candidato falou sobre suas propostas durante entrevista ao Viagora.

Viagora: Quais são a principais propostas da chapa?

Wallardson Lopes: As propostas são futuramente tentar agregar um maior número de profissionais, trazer mais pessoas para a associação novamente, e trabalhar para realizar um projeto a longo prazo para termos um conselho próprio. O benéfico maior é ter uma maneira de ajudar o profissional a ter um plano de carreira, fazer com que as empresas contratem e paguem o piso salarial, fazer fiscalização da carreira, enfim. Queremos fazer uma associação diferente.

Viagora: Atualmente, qual a sua análise da categoria no Piauí?

Wallardson Lopes: A nossa categoria há 10 anos era um grupo muito pequeno, porque a UFPI antes formava quatro alunos por semestre, hoje forma 20, então temos um grupo de quase 400 engenheiros agrimensores atuando na cidade. Já é um grupo que começa se mobilizar de forma mais ativa. Vale ressaltar que o engenheiro agrimensor é o responsável pelo planejamento e o primeiro a chegar na obra e o último a sair. Ele faz a implantação da obra, é um engenheiro bastante capacitado.