Operação Gangrena bloqueia contas e confisca bens de donos de empresas suspeitas de desvio
Polícia Federal realizou buscas e apreenções durante o dia de hoje e apontou os desvios durante a gestão de Assis Carvalho, Telmo de Masquita e Lilian Martins
Imagem: Cícero Portela/O DiaClique para ampliarOrlando Vieira, chefe da CGU no Piauí; o delegado Nivaldo Farias, superintendente da PF no Piauí; e o delegado federal Wellington Santiago em entrevista coletiva
O presidente do DNIT foi levado a sede da Polícia Federal hoje pela manhã durante as buscas realizadas pela Polícia Federal na Operação Gangrena.Na residência de Sebastião Ribeiro foram encontradas cinco armas de fogo que foram apreendidas e a PF lhe deu voz de prisão. Da casa também foram apreendidos computadores e documentos que serão analisados em busca de provas dos desvios aproximadamente R$ 7 milhões desviados para a Secretaria de Saúde.
Sebastião Ribeiro prestou depoimento na sede da PF, mas mediante assinatura de termo de apreensão de armas e pagamento de fiança no valor de R$ 6 mil foi liberado. Seu filho, Mário Dias, é proprietário de uma das empresas que está sendo investigada de desviar o dinheiro do SUS.
COLETIVA
Em coletiva de imprensa, o delegado Regional de Repressão e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Wellington Santiago, esclareceu as medidas que estão sendo realizadas pela PF.
Dos sete donos de empresas suspeitas de desviar recursos do SUS, todos estão com suas contas bancárias bloqueadas e bens apreendidos. Os suspeitos também estão impedidos de sair do país.
A operação foi deflagrada após investigações de licitações onde as quatro empresas Gerafarma, Serrafarma, Multimed e Distrimed, venciam as licitações que desde 2009 até 2011 resultaram em um rombo no total de quase R$ 7 milhões.
Imagem: ReproduçãoDesvios de verbas foram constatados nas gestões de Assis Carvalho, Telmo de Mesquita e Lilian Martins
Nas investigações foram apontados os desvios através de servidores públicos que trabalhavam na Secretaria de Saúde do Estado nas gestões de Assis Carvalho, Telmo de Mesquita e Lilian Martins. O envolvimento dos gestores não foi confirmado pelas investigações.
O superintendente da PF não achou ligação do caso com o incêndio no prédio da Sesapi no ano passado. À época, suspeitas de desvio de verbas da saúde pública estava sendo investigado, mas foi interrompido por falta de possíveis provas destruídas pelo incêndio.
NOTA
A Secretaria de Saúde divulgou uma nota a imprensa onde afirma a total colaboração com as investigações da Polícia Federal. A nota também esclarece que as investigações empreendidas pela operação, que foi deflagrada na manha desta quarta-feira, está relacionada ao governo anterior.
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria de Estado da Saúde informa que está dando todo o suporte necessário para que a Polícia Federal realize seu trabalho de investigação, a respeito do que se trata a Operação Gangrena, deflagrada esta manhã. A Sesapi informa ainda que a operação faz parte de um inquérito que a PF já vinha trabalhando e diz respeito a gestões do governo anterior.”
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