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Procurador da Câmara Municipal de Teresina é preso acusado de agredir a própria esposa

Acusado e vítima prestaram depoimentos na Central de Flagrantes

O procurador da Câmara Municipal de Teresina Robert de Sousa Figueiredo, 53 anos, foi preso na tarde desta quinta-feira (15), acusado de agredir a sua mulher, L.R.S.S., 41 anos, também funcionária da CMT. Os vizinhos acionaram o Ronda Cidadão, que conduziu o procurador à Central de Flagrantes. Acusado e vítima prestaram depoimentos à polícia, e o caso deve ser investigado pela Delegacia da Mulher. O casal estava junto há 2 anos e 5 meses.

Segundo L.R.S.S., as agressões começaram por volta das 14h30, na residência do casal, localizada no bairro Novo Uruguai, zona Leste de Teresina. "Ele tinha bebido muito e se zangou porque eu não queria mais que ele bebesse. Tirei a garrafa de uísque, e ele disse que iria quebrar tudo", disse a vítima, que, bastante abalada, chorou enquanto relatava os fatos, sem querer mostrar o rosto.

De acordo com ela, as agressões físicas foram acompanhadas de palavras de baixo calão, gritaria e quebra-quebra. No braço esquerdo, as marcas roxas denunciam a suposta violência. "Ele arrebentou a porta a chutes, quebrou o notebook e arremessou o computador de mesa. Outras vezes, ele quebrou celulares", contou. Perguntada se ele a ameaçou de morte, ela fez sinal afirmativo.

A mulher acrescentou que esta já é a segunda vez que sofre agressões físicas por parte do seu companheiro, mas só agora teve coragem de registrar queixa.

Contudo, as agressões verbais, diz a vítima, eram rotineiras. "Sempre que ele bebia. Eu nunca disse nada, nem para a minha família. Eu não reajo. Os vizinhos já ouviram muita coisa. Meus filhos, menores [de idade], já presenciaram. Ele chegou a se pegar com meu filho - de 17 anos - uma vez", afirmou.

Tanto L.R.S.S. quanto Robert Figueiredo são divorciados e não têm filhos juntos. Nesta quinta, durante a suposta sessão de violência, eles estavam sozinhos em casa.

A vítima será submetida a exame de corpo de delito. Ela entrou em contato, por telefone, com a delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher - Centro. "Ela (delegada Vilma) disse para mandar o caso para lá. Eu espero que cada um siga seu rumo, sua vida. Eu só quero paz", pontuou L.R.S.S.

Acompanhado de uma advogada da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Piauí (OAB/PI), o procurador prestou depoimento, por pelo menos duas horas, aos delegados plantonistas José Marques e Francisco Rodrigues, na Central de Flagrantes.

A reportagem de ODIA aguardou na Central para ouvir a versão de Robert Figueiredo, mas até as 20 horas, horário de fechamento desta matéria, ele continuava depondo, em sala reservada.
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