Secretário Ban Ki-moon pede julgamento a autores de "crimes de guerra" na Síria
Durante os debates, vários países apoiaram o apelo do chefe da ONU, enquanto Navi Pillay reiterou o seu pedido de encaminhamento ao Tribunal Penal Internacional
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez nesta segunda-feira um apelo no Conselho de Direitos Humanos da ONU para que os autores de "crimes de guerra" na Síria sejam julgados, enquanto que a alta comissária para os direitos Humanos, Navi Pillay, pediu uma investigação sobre o massacre de Daraya.
"Devemos garantir que as pessoas, de quaisquer dos dois lados, que cometam crimes de guerra, crimes contra a Humanidade ou outras violações dos direitos humanos sejam julgadas", afirmou durante a abertura da 21ª sessão do Conselho, reunido durante três semanas em Genebra.
Durante os debates, vários países apoiaram o apelo do chefe da ONU, enquanto Navi Pillay reiterou o seu pedido de encaminhamento ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Ao denunciar mais uma vez os "crimes de guerra" e "crimes contra a Humanidade" na Síria, ela também pediu "uma investigação imediata e completa" do massacre de Daraya, onde mais de 500 corpos foram encontrados.
"Peço ao governo que garanta o acesso pleno e irrestrito da comissão de investigação independente" da ONU, declarou.
Ela denunciou "o uso de armas pesadas pelo governo e o bombardeio de áreas povoadas".
"Eu temo que isso possa constituir crimes de guerra e crimes contra a Humanidade", disse Pillay, que também denunciou as "violações cometidas por forças anti-governamentais".
Ban Ki-moon se declarou "profundamente comovido com os bombardeios aéreos de civis pelas forças do governo" sírio, e manifestou a sua preocupação com "aumento de tensões religiosas e a deterioração da situação humanitária".
Ele também lamentou o fato de que ambas as partes tenham escolhido "a força" ao invés do "diálogo" e exortou os atores envolvidos nas negociações pela paz a apoiar os esforços do novo emissário internacional, Lakhdar Brahimi, que reconheceu nesta segunda-feira que sua tarefa é "muito difícil".
Em seu último relatório, publicado em 15 de agosto, a Comissão Internacional de Inquérito organizada pela ONU denunciou os "crimes de guerra" na Síria e acusou o governo e as forças armadas, e, em menor medida, a oposição armada. A comissão também anunciou a preparação de uma lista confidencial de autoridades envolvidas nos crimes, um primeiro passo em direção a um julgamento internacional.
Mas antes disso, haverá muitas etapas, a começar pela revisão do relatório do Conselho dos Direitos Humanos em 17 de setembro, em Genebra. Em seguida, a ONU deverá recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI), a pedido de seus membros, uma decisão sobre a qual o consenso parece impossível no momento.
No total, desde a sua criação, em setembro de 2011, a comissão liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro realizou mil entrevistas com atores e vítimas do conflito, sem ser capaz, contudo, de ir à Síria.
O mandato da Comissão termina, em princípio, nesta sessão do Conselho, mas os diplomatas devem discutir nos próximos dias uma resolução sobre a Síria que possa permitir o prosseguimento do trabalho dos especialistas. Segunda-feira, a representante dos Estados Unidos no Conselho, Eileen Chamberlain Donahue, indicou que seu país "apoia fortemente a extensão do mandato da comissão."
A Suíça sugeriu que a ex-promotora do Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia, Carla del Ponte, junte-se a comissão para fortalecê-la.
Desde o início do conflito, em 15 de março de 2011, mais de 27 mil pessoas foram mortas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), e centenas de milhares estão refugiadas. De acordo com o chefe da ajuda humanitária da ONU, Valerie Amos, 2,5 milhões de sírios podem estar em situação de necessidade.
"Devemos garantir que as pessoas, de quaisquer dos dois lados, que cometam crimes de guerra, crimes contra a Humanidade ou outras violações dos direitos humanos sejam julgadas", afirmou durante a abertura da 21ª sessão do Conselho, reunido durante três semanas em Genebra.
Durante os debates, vários países apoiaram o apelo do chefe da ONU, enquanto Navi Pillay reiterou o seu pedido de encaminhamento ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Ao denunciar mais uma vez os "crimes de guerra" e "crimes contra a Humanidade" na Síria, ela também pediu "uma investigação imediata e completa" do massacre de Daraya, onde mais de 500 corpos foram encontrados.
"Peço ao governo que garanta o acesso pleno e irrestrito da comissão de investigação independente" da ONU, declarou.
Ela denunciou "o uso de armas pesadas pelo governo e o bombardeio de áreas povoadas".
"Eu temo que isso possa constituir crimes de guerra e crimes contra a Humanidade", disse Pillay, que também denunciou as "violações cometidas por forças anti-governamentais".
Ban Ki-moon se declarou "profundamente comovido com os bombardeios aéreos de civis pelas forças do governo" sírio, e manifestou a sua preocupação com "aumento de tensões religiosas e a deterioração da situação humanitária".
Ele também lamentou o fato de que ambas as partes tenham escolhido "a força" ao invés do "diálogo" e exortou os atores envolvidos nas negociações pela paz a apoiar os esforços do novo emissário internacional, Lakhdar Brahimi, que reconheceu nesta segunda-feira que sua tarefa é "muito difícil".
Em seu último relatório, publicado em 15 de agosto, a Comissão Internacional de Inquérito organizada pela ONU denunciou os "crimes de guerra" na Síria e acusou o governo e as forças armadas, e, em menor medida, a oposição armada. A comissão também anunciou a preparação de uma lista confidencial de autoridades envolvidas nos crimes, um primeiro passo em direção a um julgamento internacional.
Mas antes disso, haverá muitas etapas, a começar pela revisão do relatório do Conselho dos Direitos Humanos em 17 de setembro, em Genebra. Em seguida, a ONU deverá recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI), a pedido de seus membros, uma decisão sobre a qual o consenso parece impossível no momento.
No total, desde a sua criação, em setembro de 2011, a comissão liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro realizou mil entrevistas com atores e vítimas do conflito, sem ser capaz, contudo, de ir à Síria.
O mandato da Comissão termina, em princípio, nesta sessão do Conselho, mas os diplomatas devem discutir nos próximos dias uma resolução sobre a Síria que possa permitir o prosseguimento do trabalho dos especialistas. Segunda-feira, a representante dos Estados Unidos no Conselho, Eileen Chamberlain Donahue, indicou que seu país "apoia fortemente a extensão do mandato da comissão."
A Suíça sugeriu que a ex-promotora do Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia, Carla del Ponte, junte-se a comissão para fortalecê-la.
Desde o início do conflito, em 15 de março de 2011, mais de 27 mil pessoas foram mortas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), e centenas de milhares estão refugiadas. De acordo com o chefe da ajuda humanitária da ONU, Valerie Amos, 2,5 milhões de sírios podem estar em situação de necessidade.
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