Secretário-geral da ONU desafia Estados Unidos e Israel e confirma ida ao Irã
Na semana passada, diplomata criticou lideranças iranianas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, participará de um encontro dos líderes das nações em desenvolvimento não-alinhadas em Teerã na próxima semana, desafiando os pedidos dos Estados Unidos e de Israel para boicotar o evento, disseram um porta-voz da ONU e diplomatas nesta quarta-feira (22).
O porta-voz da ONU Martin Nesirky afirmou aos repórteres que Ban estará em Teerã de 29 a 31 de agosto para uma reunião de cerca de 120 países não-alinhados, e para discussões bilaterais com importantes autoridades iranianas.
"Com relação à República Islâmica do Irã, o secretário-geral vai usar a oportunidade para comunicar as preocupações e expectativas da comunidade internacional", disse ele. "Isso inclui o programa nuclear do Irã, terrorismo, direitos humanos e a crise na Síria."
Ban está "completamente ciente do tema delicado" relacionado a esta visita, mas ele também está consciente de suas responsabilidades à frente das Nações Unidas, segundo Nesirky.
Várias outras fontes diplomáticas da ONU confirmaram a viagem de Ban.
"É um bloco de nações muito importante", afirmou uma fonte diplomática à Reuters sob condição de anonimato. "Claro que o SG (secretário-geral) está indo. Ele não pode não ir."
Um diplomata do Conselho de Segurança disse que era importante para o secretário-geral ir. Ele afirmou que Ban não deve virar as costas para todo o movimento não-alinhado porque um membro, o Irã, tem um presidente que duvida do Holocausto e questiona o direito de Israel de existir.
O Irã alega que seu programa nuclear é pacífico, embora potências ocidentais e seus aliados temam ser destinado à produção de armas nucleares. Ban deve levantar essa questão e os comentários anti-israelenses de seus líderes durante encontros bilaterais no Irã.
A cúpula de Teerã, que o presidente egípcio, Mohamed Morsi, também vai participar, acontece de domingo a sexta-feira. Morsi é o primeiro chefe de Estado egípcio a visitar Teerã desde a Revolução Islâmica de 1979.
No início deste mês, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu que Ban cancelasse seus planos de participar da cúpula dos não-alinhados em Teerã, segundo relatos da mídia israelense.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland deixou claro aos repórteres em Washington na semana passada que os Estados Unidos também gostariam que o chefe da ONU boicotasse o evento.
"O fato de a reunião acontecer em um país que está em violação de muitas de suas obrigações internacionais e representa uma ameaça para os vizinhos... envia um sinal muito estranho em relação ao apoio à ordem internacional, Estado de Direito, etc", afirmou Nuland.
"Explicamos esse ponto para os países participantes", acrescentou ela. "Também explicamos esse ponto para o secretário-geral Ban Ki-moon."
Na semana passada, Ban criticou duramente o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e o presidente Mahmoud Ahmadinejad, descrevendo os mais recentes ataques verbais deles a Israel como "ofensivos e inflamatórios".
O porta-voz da ONU Martin Nesirky afirmou aos repórteres que Ban estará em Teerã de 29 a 31 de agosto para uma reunião de cerca de 120 países não-alinhados, e para discussões bilaterais com importantes autoridades iranianas.
"Com relação à República Islâmica do Irã, o secretário-geral vai usar a oportunidade para comunicar as preocupações e expectativas da comunidade internacional", disse ele. "Isso inclui o programa nuclear do Irã, terrorismo, direitos humanos e a crise na Síria."
Ban está "completamente ciente do tema delicado" relacionado a esta visita, mas ele também está consciente de suas responsabilidades à frente das Nações Unidas, segundo Nesirky.
Várias outras fontes diplomáticas da ONU confirmaram a viagem de Ban.
"É um bloco de nações muito importante", afirmou uma fonte diplomática à Reuters sob condição de anonimato. "Claro que o SG (secretário-geral) está indo. Ele não pode não ir."
Um diplomata do Conselho de Segurança disse que era importante para o secretário-geral ir. Ele afirmou que Ban não deve virar as costas para todo o movimento não-alinhado porque um membro, o Irã, tem um presidente que duvida do Holocausto e questiona o direito de Israel de existir.
O Irã alega que seu programa nuclear é pacífico, embora potências ocidentais e seus aliados temam ser destinado à produção de armas nucleares. Ban deve levantar essa questão e os comentários anti-israelenses de seus líderes durante encontros bilaterais no Irã.
A cúpula de Teerã, que o presidente egípcio, Mohamed Morsi, também vai participar, acontece de domingo a sexta-feira. Morsi é o primeiro chefe de Estado egípcio a visitar Teerã desde a Revolução Islâmica de 1979.
No início deste mês, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu que Ban cancelasse seus planos de participar da cúpula dos não-alinhados em Teerã, segundo relatos da mídia israelense.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland deixou claro aos repórteres em Washington na semana passada que os Estados Unidos também gostariam que o chefe da ONU boicotasse o evento.
"O fato de a reunião acontecer em um país que está em violação de muitas de suas obrigações internacionais e representa uma ameaça para os vizinhos... envia um sinal muito estranho em relação ao apoio à ordem internacional, Estado de Direito, etc", afirmou Nuland.
"Explicamos esse ponto para os países participantes", acrescentou ela. "Também explicamos esse ponto para o secretário-geral Ban Ki-moon."
Na semana passada, Ban criticou duramente o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e o presidente Mahmoud Ahmadinejad, descrevendo os mais recentes ataques verbais deles a Israel como "ofensivos e inflamatórios".
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