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PM’s presos após sumiço de R$ 300 mil do Banco do Nordeste são soltos

O cabo Wanderley Rodrigues e o soldado Erasmo de Morais participaram de uma abordagem em um assalto que aconteceu no Banco do Nordeste no dia 19 de dezembro do ano passado.

O cabo Wanderley Rodrigues e o soldado Erasmo de Morais, que estavam presos preventivamente em presídio militar, obtiveram decisão de liberdade provisória pela justiça estadual. Os dois participaram de uma abordagem em um assalto que aconteceu no Banco do Nordeste, no dia 19 de dezembro do ano passado, onde foi constatado o sumiço de R$ 300 mil. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (18).

  • Foto: Isabela de Meneses/ViagoraBanco do NordesteBanco do Nordeste, na Avenida João XXIII

Na manhã de ontem (17), foi realizada uma audiência na 9ª Vara Criminal de Teresina. Além dos réus e o representante do Ministério Público do Piauí, o promotor de Justiça Assuero Stevenson, quatro juízes militares estiveram presentes. O julgamento foi presidido pela juíza de Direito Valdênia Moura. Também estiveram presentes o advogado de defesa do cabo Wanderley, Pitágoras Veloso, e o advogado do soldado Erasmo, Francisco Amorim, e ainda, o major Pessoa e major Nivaldo.

As testemunhas de defesa do soldado Erasmo não estiveram presentes na audiência. De acordo com ofício da corregedoria da PM-PI, o soldado Naftale de Sousa encontra-se em gozo de férias. O cabo Cleandes Marques não foi apresentado. A defesa insistiu na manifestação das testemunhas ausentes. A nova audiência foi marcada para o dia 28 de maio.

Assuero Stevenson afirmou que dentro do inquérito policial militar está evidenciada a participação do cabo Wanderley e do Soldado Erasmo. Ele assegurou que a coordenação de 5º BPM tinha conhecimento da operação. Assuero concedeu entrevista à TV Meio Norte, na tarde desta quarta-feira (18).

“Tem prova de que o dinheiro saiu da agência do Banco do Nordeste, tem imagens, tem os valores, tem a prova que o dinheiro foi jogado em cima de uma viatura do balde, tem a conferência desse dinheiro na Greco. O dinheiro existiu e falta 296 mil reais, salvo engano”, relatou o promotor de Justiça.

O caso

Na ação, uma quadrilha de assaltantes sequestrou a tesoureira do banco, que fica localizado na Avenida João XXIII, zona leste de Teresina. Dois filhos da tesoureira e outros familiares foram mantidos reféns dentro de casa, no bairro Aeroporto. De acordo com a Polícia Militar, os criminosos sequestraram a funcionária em casa e deixaram os familiares reféns, como garantia para que ela pudesse liberar o dinheiro no banco.

Um dia depois, outros dois policiais foram afastados da corporação: o então comandante do 5º Batalhão, Major Pessoa, e o subcomandante, Major Nivaldo. De acordo com o coronel Lindomar Castilho, hoje comandante-geral da PM, o afastamento se deu devido os dois terem tirado a quantia que teria sido roubada do banco de dentro da agência e em seguida levarem o valor até o 5º BPM, que era comandado pelo Major Pessoa. Ficou constatado o sumiço de cerca de R$ 300 mil.

O delegado Gustavo Jung, do Greco, chegou a se manifestar sobre o caso. Segundo ele, o dinheiro deveria ter sido contabilizado dentro da agência, com ajuda dos funcionários e deveria ter sido mantido no local até a chegada da perícia.

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