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Criminoso invade sala e tranca alunos e professora em assalto na UFPI

Através de nota, a universidade informou que mantém ações permanentes para garantir a segurança da comunidade acadêmica.

Na noite dessa quinta-feira (22), por volta das 20:30h, alunos do curso de Pedagogia do período noturno, foram surpreendidos em sala de aula por um assalto, com arma de fogo, dentro das imediações da Universidade Federal do Piauí (UFPI) - Campus Universitário Ministro Petrônio Portella, localizada no bairro Ininga na zona leste de Teresina.

O Viagora conversou com alguns alunos que foram vítimas da ação criminosa que revelaram que a turma estava retornando do intervalo, uma média de 20 pessoas e a maioria mulheres, quando o suspeito adentrou dentro da sala [432] de forma silenciosa, na tentativa de se disfarça de discente, e então efetuou a ação.

“Ele abriu a porta de uma vez, olhou pra todos, um por um. Mandou todo mundo calar a boca e baixar a cabeça. Ele mandou a professora sentar na cadeira, mandou todo mundo botar os celulares na mesa, botar relógio, joias, todos os pertences de valor em cima da mesa e mandou a professora sair recolhendo. Alguns colegas nossos que não tinham como baixar a cabeça então ele ficava gritando repetidamente, causando pânico em todo mundo", afirmou uma das vítimas.

Conforme os estudantes, o acusado do crime possuía a seguinte descrição: “Ele estava com um casaco escuro, com a camiseta branca, de luvas e tinha o cabelo liso com um bigode”.

Para uma das estudantes que pediu para não ser identificada, a professora, foi quem mais sofreu danos na ação visto que o criminoso exigiu que a mesma recolhesse os pertences dos alunos ao mesmo tempo que a ameaçava.

“A professora foi a que mais correu risco porque ela estava sendo usada por ele. Ele ficava mandando-a pegar aos pertences gritando com todo mundo. E logo após, ele recolheu os pertences e bateu à porta dizendo que a gente só iria sair de lá depois de trinta minutos, provavelmente para dar tempo de ele fugir, e quando bateu à porta ele sumiu dos corredores. Rapidamente a gente botou a mesa em frente da porta impedindo que ele retornasse e depois descobrimos que ele havia trancado a gente da sala de aula com um cadeado. Trancou a nossa turma por fora.”

Ainda durante o relato, os estudantes reclamam da deficiência na segurança realizada dentro da Universidade Federal, como os casos de ‘arrastões’ nas paradas de ônibus. “Infelizmente é uma situação que a gente reza pra que nunca aconteça, mas infelizmente aconteceu e infelizmente a segurança na UFPI não tem segurança na verdade. O que eles dizem que é segurança na verdade não é. A gente simplesmente reza pela nossa vida todos os dias pra que nada aconteça.”

Após a ação, a Polícia Militar do Piauí (PMPI) foi acionada e recolheu os depoimentos das vítimas, para a tomada das providências cabíveis ao caso.

Outro Lado

A reportagem procurou a Coordenadoria de Comunicação Social da UFPI (COORDCOM) para falar sobre o assunto e através de nota, o órgão informou que se solidariza com professores, alunos e servidores da instituição e que medidas em prol de uma maior segurança já está sendo tomada: 

Confira abaixo a nota na integra:

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informa que mantém ações permanentes para garantir a segurança da comunidade acadêmica, não medindo esforços nesse sentido. No campus de Teresina, a Coordenadoria de Segurança e Vigilância atua com quase 200 profissionais, entre vigilantes desarmados e armados, efetivos e terceirizados. Em horários de pico, as ações se intensificam com duas viaturas e três motos que fazem rondas no campus.
Além disso, são realizadas rondas frequentes por viaturas da Polícia Militar, parceria sempre valorizada pela atual gestão da Universidade. A limpeza de espaços e vias e a manutenção da iluminação se somam às ações voltadas ao conforto e segurança da comunidade acadêmica.
A UFPI lamenta o ocorrido no Centro de Ciências da Educação (CCE) e se solidariza com seus professores, estudantes e servidores técnico-administrativos, ao tempo em que reafirma o compromisso em permanecer atuando em prol do bem-estar de seus públicos.
Nesse sentido, providências já estão sendo adotadas, com medidas como: reforço das atividades de segurança no campus; instalação de um número maior de câmeras na Universidade; intensificação no monitoramento das entradas de acesso às unidades de ensino; interlocução com o Governo do Estado e órgãos competentes, a exemplo da Polícia Militar.
Como espaço democrático e sendo o Campus Ministro Petrônio Portella cortado por várias vias de uso público na cidade de Teresina, a UFPI esclarece que as medidas adotadas respeitam esse contexto, valorizando o diálogo com as esferas representativas na Instituição e trabalhando em atuação conjunta com os órgãos do setor de segurança no Estado.

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