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Setut diz que empresas não estão preparadas para passe livre em Teresina

O vice-presidente Marcelino, Lopes comentou sobre a preocupação nos repasses da prefeitura de Teresina, as empresas no novo sistema.

Nesta quinta-feira (12), em coletiva de imprensa, o vice-presidente  do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Marcelino Lopes,  o falou a respeito da proposta da prefeitura de lançar umPrograma de Passe Livre para pessoas de baixa renda em Teresina.

O vice-presidente afirmou que os empresários do transporte público foram surpreendidos pela Prefeitura de Teresina sobre a implementação do programa, ele também comentou sobre conversa com a gestão municipal sobre o cuidado que se deve ter na questão do pagamento do serviço por quilometragem, pois, a prefeitura pode acabar pagando mais que o necessário pelo sistema.

Foto: Amanda Santiliana/ViagoraJúlio Pereira, Marcelino Lopes e Vinícius Rufino
Júlio Pereira, Marcelino Lopes e Vinícius Rufino

“Já discutimos aqui com o poder público, tome cuidado quando for passar por quilometro rodado, para que se não tiver controle, a prefeitura vai gastar mais do que deveria, mas que a ideia boa é. Porque quem define qualidade de serviço é quem paga, então se eu quero um serviço melhor  para população ao invés de 200, 250, eu vou pagar por 250 e vou exigir mais qualidade de serviço, quem faz isso é o poder público, o empresário quer ganhar por aquilo que ele está realizando”, disse.

Questionado a respeito do repasse da prefeitura ao Setut, Marcelino Lopes, comentou que os repasses não são feitos há dois anos, e afirmou que estão preocupados em conversar com o poder público para saber de onde será retirado o dinheiro inicialmente para custear o sistema, ele também demonstrou preocupação sobre a possibilidade de não receber os pagamentos, que com a tarifa zero, serão repassados inteiramente pelo poder público.

“É uma coisa que a gente foi pego de surpresa, até agora não mudou nada, por isso que estamos tão preocupados em conversar com o poder público para saber de onde está vindo esse dinheiro. A gente tem a garantia de que se realmente se passar para essa nova fase, a gente vai poder trabalhar um mês sem receber? Hoje a gente trabalha e não recebe, mas não recebe uma parte, a partir do momento que for tarifa zero, vai receber toda a parte”, falou o vice-presidente do Setut.

Marcelino Lopes comenta também sobre a retirada de cobradores dos postos de trabalho, pois com a gratuidade, não há necessidade de ter alguém para receber o pagamento das passagens.  “Nosso custo hoje são 9 milhões e meio com o cobrador, quando você tira o cobrador, quando você tira o cobrador, já que é de graça não precisa de cobrador, mas esses cobradores vão para onde? Isso não foi discutido nem com a gente, nem com o sindicato laboral”, informou.

O representante do Consorcio Teresina, Júlio Pereira, comentou que a ideia da tarifa zero vai ser benéfico para a população, porém, é necessário que a prefeitura dê garantias que realizará os repasses para as empresas continuarem funcionando.

“Não é que não confiamos, mas precisamos de garantias. Atualmente a prefeitura não consegue honrar com a gente o estudante, os estudantes aqui em Teresina é meia passagem, é um terço, nós não recebemos essa diferença de um terço. A integração temporal, nós não recebemos. O que nos mantém ainda respirando, é a tarifa que nós temos daquele passageiro eventual, porque o passageiro que paga 4 reais para ir para o centro e voltar, ele não faz isso diariamente”, comentou.

Júlio Pereira disse ainda que é necessário discutir com a prefeitura a parte técnica, jurídica e prática para que a ideia seja desenvolvida, ou, não será possível ser mantida.

“Enquanto nós não sentarmos para ver a parte técnica, para ver a parte jurídica e prática dessa operação, infelizmente a única coisa que eu tenho que dizer é uma ideia maravilhosa, mas ela vaia ficar só no campo das ideias, porque na prática mesmo, nós precisamos de respostas, nós precisamos sentar, uma comissão dos empresários, sugiro que seja os consórcios, sentar com a prefeitura juridicamente”, disse.

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