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Motoristas e cobradores de ônibus decidem manter greve em Teresina

De acordo com o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso, o objetivo da greve é a assinatura da convenção que garante os direitos da categoria.

Nesta sexta-feira (17), a greve do transporte coletivo de Teresina entrou em seu 5º dia, e segue sem tempo indeterminado para finalizar. Mesmo após a determinação da justiça para o pagamento do salário dos motoristas e cobradores em até 24 horas, e o anúncio da liberação de R$ 1, 5 milhão de reais para as empresas, a greve deve continuar.

Os trabalhadores do transporte público de Teresina deflagraram a greve pedindo a assinatura da convenção que determinará o repasse de recursos diretamente aos motoristas e cobradores, sem a necessidade de passar pelas mãos dos empresários.

Foto: Luis Marcos/ ViagoraManifestação dos motoristas e cobradores de Ônibus
Manifestação dos motoristas e cobradores de Ônibus

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário de Teresina (Sintetro), Antônio Cardoso, esclarece que a categoria pede a assinatura do documento para que os direitos dos trabalhadores sejam assegurados.

“A greve que foi iniciada por conta da convenção, a falta do pagamento é só mais um caso que aconteceu em janeiro, em dezembro, e agora fevereiro. Se não tiver a convenção assinada vai ser todo tempo desse jeito, nós temos que está indo atrás da prefeitura para a prefeitura repassar R$ 1 milhão e meio para eles e nós ficarmos com as migalhas, tanto é que tem uma empresa que ainda está devendo os 170 reais do auxílio de janeiro, que é um descaso. Nós estamos agora achando esses parâmetros e cobrando da justiça para que eles sejam penalizados, a gente quer é a nossa convenção assinada, a gente não aguenta mais, sem convenção, o desrespeito é total, com a nossa categoria e com a população de Teresina”, esclareceu.

Ainda de acordo com o presidente do Sintetro, a greve é uma busca para fazer com que os repasses sejam realizados diretamente aos motoristas e cobradores. Ele também fala que mesmo após o repasse anunciado pela Prefeitura de Teresina para os empresários, no mês seguinte, os trabalhadores estarão na mesma situação.

“Essa questão do salário, a gente já tinha colocado o edital de convocação na Assembleia antes, faz tempo que a gente vem adiando essa greve a pedido dos vereadores, depois pedido do prefeito, depois do pedido do setor patronal aqui do Centro, todo tempo adiando a greve até que ela foi deflagrada, mas no texto está escrito assim ‘vamos esperar até o 5º dia útil, caso não haja nenhuma proposta para a nossa convenção, e o salário não esteja em dia’. A greve ela é por conta da convenção, não por conta desse repasse, até porque a justiça já puniu eles, eles tem que pagar em 24 horas para pagar. O problema é que quando chegar no outro mês que nós já estamos em março, vai ser do mesmo jeito, esse R$ 1 milhão e meio, nós estamos procurando uma forma de passar para o trabalhador direto”, falou.

Antônio Cardoso também fala que a proposta da convenção feita para a Prefeitura de Teresina, é de um reajuste de 12% no salário, Ticket de 450 reais, auxílio de 80 reais, para que os trabalhadores voltem a circular na capital.

“Nós temos 1205 trabalhadores, se for passado um milhão e meio diretamente para a categoria, dá mais de mil reais, muito mais do que a gente está pedindo. Estamos pedindo 600 reais, o reajuste de 20% de salário porque nós estamos com o salário congelado de 2019, e 60% do plano de saúde. Diante do que a prefeitura já ofertou para eles (empresários), nós diminuímos para 12%, o ticket de 450 reais, e 80 reais, não importa qual seja o percentual do plano de saúde, mas 80 reais. Só para a gente voltar a trabalhar e a população ter ônibus, e toda vez (reunião), o sindicato abre mão de alguma coisa”, informou.

O presidente do Sintetro também informou que estudantes estão organizando um ato em defesa ao transporte público de Teresina para a próxima terça-feira (21).“Os alunos já conversaram com a gente ontem (16), eles estão reunindo muito mais alunos, a sociedade civil, as associações, a população para vir para as ruas, porque  o prefeito tem tomar postura de prefeito, e esse ato não vai ser conduzido por nós, mas a gente vai está inserido porque é com relação ao transporte”, concluiu.

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