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Preço de verduras e hortaliças aumenta e assusta consumidores em Teresina

De acordo com vendedores, os valores elevados de alguns produtos tem afastado os clientes, prejudicando o comércio de hortifruti na capital.

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O aumento da inflação este ano no país, está refletindo diretamente nos bolsos dos consumidores da Ceasa de Teresina, capital do Piauí. A alta no preço das frutas e verduras, tem afastado os clientes das bancas, prejudicando o comércio dos vendedores.

O  Viagora foi até o maior centro de comercialização de frutas e verduras do estado, para saber o impacto da alta para quem precisa adquirir os produtos Hortifruti.

A consumidora Dóris Débora, relata que embora tenha observado que os preços na Ceasa tenham ficado mais acessíveis, ainda permanece caro. “Cenoura está em cima mesmo e a questão de outros legumes, como tomate e cebola. Em termos de fruta, mamão aumentou muito. A maçã nem se fala! Para mim que tem um filho pequeno é complicado. Tenho um bebê de dois e um bebê de quatro anos, e aí fica complicado substituir alguma coisa”, disse.

Doris também conta que para driblar essa situação, faz uma pesquisa de valores antes de se decidir pela compra. “Por dia, no supermercado compensa. Mas sempre eu termino vindo aqui, porque as vezes quando a promoção cai, a gente se submete a vir na Ceasa mesmo. Aqui também a gente tem que correr atrás de pechincha”, afirma.

A empresária Veras Santos viu o reflexo da inflação principalmente no valor da banana prata e disse já começar a repensar a troca dos alimentos em casa. “Está aumentando, está tudo mais caro, não tem nada nessa Ceasa que esteja mais barato. Banana eu comprava o cento, porque eu compro para minha casa e meus dois filhos, eu comprava a R$ 30 mas essa semana está de R$ 40”, conta.

Vendas

Mas não é só os consumidores que tecem críticas aos preços dos alimentos, os próprios vendedores de frutas e verduras, também reclamam. A empreendedora Maria Francisca relatou baixa procura pelos seus produtos, uma vez que o encarecimento afasta a clientela. Ela explica que por conta do aumento nos preços pelos fornecedores, faz com que os alimentos subam de valor.

"Alguns produtos faltaram na praça, os poucos que estão vindo está um absurdo, tipo a cenoura, que aumentou para 160 reais a caixa. O quilo já sai a oito reais, aí os clientes reclamam.  Eles estão procurando opção, tem cliente que usava a cenoura e devido ao preço já troca por outro produto. Fica ruim para a gente", lamenta.

Para tentar conseguir vendas, a permissionária conta que precisa optar por outras alternativas, como promoções. " Tem que fazer jogo de cintura, é perdendo um (cliente) e tentar ganhar em outro, para manter ele fiel. O cliente é o mais importante, por que se não tiver ele, a gente vai fazer o que?", relata.

Quem reclamou também do preço das mercadorias, foi a vendedora Maria Evelyn Santiago. De acordo com ela, a cenoura é a que mais gera danos ao seu bolso, subindo de R$ 30 a R$ 40 reais. “Promoção é só com a salada completa, porque como a cenoura subiu, a gente tenta compensar com a batata e a beterraba. Agora se for só a cenoura, não tem como, é mais caro, sai R$ 08,50 o quilo”, afirma.

As fortes chuvas que assolam Teresina, também são um fator que influencia nos prejuízos dos vendedores. “A tanja por exemplo quando ela molha, agora quase toda vez ela está chegando molhada, de dois a três dias a gente tem que tirar meia caixa de tanja estragada. Isso já não é lucro. Se ela vier molhada, qualquer coisinha ela começa a estragar. Todo dia a gente tem que tirar as estragadas e deixar as limpas”, explica.

Inflação

Na última segunda-feira (17), o Mercado Financeiro divulgou no Boletim Focus, a estimativa de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA) deve subir de 5,98% para 6,01% ao ano. A pesquisa é feita a cada semana, pelo Banco Central, com a previsão das instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Por Kalita Leão

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