Polícia Civil deflagra Operação Draco 165 e cumpre mandados no Piauí

A Polícia Civil do Piauí, através do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), deflagrou nesta terça-feira (5) a Operação Draco 165, batizada de “Operação Disciplina”. A ação, com apoio das unidades de inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Civil, além da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), visa desarticular o núcleo de lideranças de uma facção criminosa atuante no estado, responsável pelo chamado "Tribunal do Crime". 

Esse tribunal, conforme detalhado pela polícia, é uma estrutura interna da facção que determina punições severas para seus membros e rivais, recorrendo a práticas violentas que incluem tortura e, em casos extremos, execução.

O delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, destacou o caráter brutal da operação desse "tribunal" como método de controle e intimidação dentro da facção. "Trata-se de um mecanismo brutal que visa controlar a conduta dos envolvidos e manter a disciplina interna através de métodos de força e intimidação. A prática tem sido amplamente combatida pela segurança pública do Piauí, que atua para desmantelar essa estrutura de terror e proteger a ordem pública”, afirmou o delegado, reforçando o compromisso das forças de segurança em enfraquecer a atuação da facção.

Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Polícia Civil do Piauí combate tribunal do crime em facção criminosa com 30 mandados

A operação mobilizou agentes e equipamentos em uma grande ação coordenada para a execução de 30 mandados de prisão e 40 mandados de busca e apreensão em 13 cidades do Piauí, incluindo Teresina, Floriano, São Raimundo Nonato, Piracuruca, Água Branca, Campo Maior, Canto do Buriti, Picos, Altos, Regeneração, Itaueira, Brejo do Piauí e Colônia do Gurguéia.

Ainda conforme a polícia, essa abrangência visa atingir as bases de apoio da facção, onde as  Os alvos principais são aqueles diretamente envolvidos nas atividades de julgamento e punição do "Tribunal do Crime", sendo responsáveis pela manutenção de uma estrutura de terror que mantinha os próprios membros e rivais em constante vigilância e temor.