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Adolescente de Simões morre vítima da "Doença do Tatu"

O adolescente juntamente com três pessoas contraíram a infecção durante caça ao animal silvestre na cidade de Simões.

Um adolescente natural do município de Simões, foi contaminado por um fungo durante caçada à tatus, e morreu nesse sábado (20), no Hospital Regional Justino Luz (HRJL), localizado em Picos.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi), foram quatro pessoas contaminadas no episódio, sendo que apenas três delas apresentaram sintomas. O primeiro caso da contaminação conhecida como “Doença do Tatu”, veio a óbito. A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Piauí (Cievs), informa que das outras três pessoas, apenas um está internado.

“O segundo caso migrou para Teresina, foi atendido no IDTNP (Instituto De Doenças Tropicais Natan Portela), mas já foi referenciado para casa. Tem um dos amigos que está internado e o outro não se sentiu, até o momento, nenhum sintoma”, disse

A coordenadora do Cievs explica também os procedimentos realizados nos hospitais para diagnosticar a infecção. “O que foi feito no hospital regional? O Raio-X, e isso contribui com o diagnóstico, um Raio-X, uma tomografia, e os aspectos apresentados nesses exames, identificavam provavelmente uma infecção fúngica, e aí se deduz que por esse hábito deles fazerem essa caçada, consequentemente houve uma contaminação”, explica.

Ainda de acordo com Amélia Costa, comenta que é necessário alertar a população para essa doença. “É preciso que as pessoas entendam, que precisam usar, saindo para fazer essa atividade precisam usar os EPIs para se proteger, porque ao cavar, fazer uma cova para identificar um Tatu ou o que seja, consequentemente você pode inala esses fungos. E esse grupo tinha feito uma caça no início de agosto, e consequentemente dia 15 de agosto o primeiro caso surgiu e evoluiu para óbito. É um risco, e a gente precisa alertar a população para isso”, informou.

Sobre a doença

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Simões explicou sobre a Paracoccidioidomicose (PCM), mais conhecida como a “Doença do Tatu”. Segundo a secretaria, os fungos habitam as tocas dos animais, e quando escavam o local durante a caça do animal silvestre, podem acabar inalando e se contaminando. "A Paracoccidioidomicose (PCM) é conhecida popularmente por "Doença do Tatu". A associação com o animal acontece porque o homem ao caçar tatus entra em contato com as tocas (buracos), onde o solo está contaminado pelo fungo”, diz nota

De acordo com a secretaria de saúde, os tatus não se contaminam ou transmitem a doença para os humanos. “A doença não é transmitida por animais ao homem, nem é transmitida de uma pessoa para outra. A transmissão é sempre pela inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco)”, explica a secretaria.

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde de Simões, os infectados podem apresentar sintomas como febre, falta de ar, lesões na pele e outros sintomas. “A pessoa infectada pode apresentar lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, linfonodomegalia (ínguas ou landras), comprometimento pulmonar, emagrecimento. Podendo inclusive manifestar a forma grave, levando a morte”, informa.

Conforme nota, a secretaria pede para que a população não se exponha ao risco de contaminações. Solicitamos a comunidade que evite exposição ao risco de contaminação”, conclui.

Veja nota na íntegra 

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