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Oito internos apontados como líderes da rebelião no CEM foram transferidos para a Casa de Custórdia

O tumulto começou ontem logo após as atividades esportivas, por volta das 19 horas, quando os internos passaram a ameaçar o professor de educação física.

Cerca de 30 internos do Centro Educacional Masculino de Teresina (CEM) realizaram um motim na noite de ontem (22). Eles renderam um dos educadores, atearam fogo em colchões e depredaram parte do Centro. Oito dos envolvidos, apontados como líderes do movimento, foram transferidos para a Casa de Custódia, por já terem atingido a maioridade.

O tumulto começou logo após as atividades esportivas, por volta das 19 horas, quando os internos passaram a ameaçar o professor de educação física.

O movimento atingiu principalmente as alas A e B do CEM, que conta com cinco pavilhões no total. Durante a confusão, os internos teriam invadido e destruído parcialmente a cozinha do Centro.

A Polícia Militar precisou invadir as dependências da instituição por volta das 21 horas e fez uso de bombas de efeito moral para conter o tumulto. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para apagar o fogo provocado pelos internos.

Sindicância apura motivos

A Vara da infância e Juventude baixou portaria determinando a abertura de sindicância para apurar os motivos do motim e supostas irregularidades no Centro.

Os envolvidos foram levados para a Central de Flagrantes e, em seguida, submetidos a exames de corpo de delito.

Os menores que participaram do tumulto serão ouvidos ainda hoje na Central. O último motim no CEM foi registrado em novembro de 2011.

O coordenador do Centro, Herbert Neves, classificou o tumulto como "puro vandalismo".  Segundo ele, o motim ocorreu sem motivo aparente. “Não tem nem superlotação”, frisou, acrescentando que os internos não apresentaram nenhuma reivindicação.

Ele disse, ainda, que ontem o dia transcorreu normalmente na unidade. O único fato atípico, diz ele, foi a interceptação de um aparelho celular, um pacote de fumo e um isqueiro.  

De acordo com Herbert, a situação foi devidamente contornada e, no momento, aguarda-se decisão judicial em relação aos rebeldes.

A capacidade total do CEM é de 60 pessoas, mas, no momento do motim, havia apenas 48 internos. Agora, este número caiu para 40, visto que 8 envolvidos já foram recambiados para a Custódia.

O coordenador admitiu que o monitoramento dos internos no CEM é falho, mas disse que as autoridades competentes deverão tomar as devidas providências. 


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