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Trabalhadores postam vídeo na internet "sob efeito de cola" em escola de Teresina

No vídeo, eles aparecem fazendo a colagem da espuma de isolamento sem luvas e máscaras e um dos trabalhadores afirma, em tom de brincadeira, estar "meio alterado"

Um vídeo postado na internet mostra trabalhadores na Unidade Escolar Pinheiro Machado, localizada no Bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina, sob efeito de “cola” durante a instalação de isolamento acústico de um estúdio de rádio. A gravação foi feita pelos próprios trabalhadores há mais de duas semanas no período da noite, enquanto executavam o serviço.

No vídeo, eles aparecem fazendo a colagem da espuma de isolamento sem luvas e máscaras e um dos trabalhadores afirma, em tom de brincadeira, estar “meio alterado”, acrescentando que “a sensação é bacana, mas não usem drogas não”.

Entre os trabalhadores está o vigia da escola. Em certo momento ele exibe uma lata do produto utilizado para colar a espuma. Entretanto, segundo o locutor do vídeo, ele apenas está auxiliando o serviço.

A professora Eudina Rocha, diretora de gestão e inspeção escolar da Secretaria de Educação do Estado do Piauí, explica que a Unidade Escolar Machado Pinheiro funciona em período integral, oferecendo educação voltada para o Ensino Médio. Em conformidade com o Programa Ensino Médio Inovador, do Governo Federal, a escola passou por alguns reparos para fornecer aos alunos atividades extracurriculares, como a instalação de um estúdio de rádio.

“Para evitar que os alunos tivessem contato com o forte cheiro da cola, a diretoria da escola optou pela instalação no período da noite. As pessoas que fizeram a instalação são da própria comunidade e não têm vínculo empregatício com a escola e estavam apenas realizando ‘bico’”, assegura a professora.

A gestora afirma que a diretora e o vigia da escola já foram advertidos. “O vigia já foi advertido para não participar de brincadeiras que façam apologia ao uso de drogas e, inclusive, pedimos desculpas à comunidade, garantindo que não há nenhum tipo de intenção da escola em incentivar o uso de entorpecentes”, declara.

Questionada com relação à ausência do uso de equipamentos de proteção individual por parte dos trabalhadores, a professora afirmou que “como não se trata de trabalhadores profissionais, mas apenas de ‘bico’, não havia necessidade desse tipo de medida de segurança”.

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