Operação Estanque já prendeu 19 pessoas por fraudes em combustíveis
A operação ainda está em andamento e conta com 135 policiais, 45 viaturas, e já apreendeu cinco caminhões e cerca de 35 mil litros de combustível. Duas empresas estão envolvidas.
A Operação Estanque,deflagrada na manhã de hoje (23), já prendeu 19 pessoas que faziam parte de uma organização criminosa que adulterava combustível no Piauí. A operação ainda está em andamento e conta com 135 policiais, 45 viaturas, e já apreendeu cinco caminhões e cerca de 35 mil litros de combustível. Duas empresas estão envolvidas.
- Foto: Josefa Geovana/ViagoraRepresentantes dos órgãos envolvidos na Operação concederam entrevista coletiva e apresentaram dados.
O promotor de Justiça e chefe do Gaeco, Rômulo Cordão, conta que os pontos de alteração aconteciam nas rodovias, dentro das distribuidoras e até mesmo na entrega dos combustíveis nos postos de gasolina. “Os postos agiam, alguns, com negligência ou com conivência pra que esse combustível fosse recebido sem fazer um análise como tem que ser feito”, disse.
- Foto: Josefa Geovana/ViagoraPromotor de Justiça e chefe do Gaeco Rômulo Cordão.
As duas empresas envolvidas nessas ações são a JN Transportes e a Tropical. Uma outra empresa também é citada, a Ipiranga, mas, de acordo com Rômulo Cordão, não há indícios de que esta estaria cometendo irregularidades.
- Foto: DivulgaçãoEnvolvidos com a empresa JN transportes.
O procurador do Trabalho Edno Moura conta que também foram detectadas problemas trabalhistas. Segundo ele, motoristas estavam ganhando menos do que o previsto na legislação, tinham uma jornada de trabalho exaustiva, não gozavam férias nem recebiam a remuneração das férias. Também foram averiguadas péssimas condições de alojamento e uso de drogas pelos condutores para que conseguissem cumprir o longo período de trabalho.
- Foto: Josefa Geovana/ViagoraProcurador do Trabalho Edno Moura.
O superintendente da PRF-PI, Welendal Tenório, conta que participavam das ações criminosas gerentes, detentores de cargos de chefia, motoristas e outros funcionários dos postos. Sobre a adulteração dos produtos, ele conta que na gasolina havia excesso de etanol, eram adicionados água, e colocado soda cáustica no álcool. Welendal disse, ainda, que no Piauí não há um laboratório de controle de combustível.
- Foto: Josefa Geovana / ViagoraWelendal Tenório
A Operação é realizada por membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPPI), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT/PI) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os órgãos confirmaram a ocorrência de diversos ilícitos, a exemplo de associação criminosa, furto e crimes contra a ordem econômica, tributária e ambiental.
As 19 pessoas presas até o momento serão encaminhadas para a Casa de Custódia.
Ministério Público do Estado do Piauí - MPPI
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO
Ministério Público do Trabalho
Ministério do Desenvolvimento Regional
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE
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