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Deputado Antônio Uchôa critica postura de órgãos de segurança em audiência pública

"Desde o registro do BO, feita por um agente sonolento, até a falta de ação do delegado para investigar quem havia praticado o roubo foi uma total demonstração de indiferença", disse o deputado.

Convocada a partir de requerimento do deputado Antônio Uchoa(PDT) para debater a falta de segurança para pequenos comerciantes proprietários de mercearias e mercadinhos, a audiência pública, no plenarinho da Assembleia Legislativa foi marcada por depoimentos emocionantes das vítimas dos bandidos de Teresina. Os comerciantes e relataram a omissão da Polícia. A Secretaria de Segurançanão mandou representante para o debate. Também não faltaram críticas para o Ministério Público, Poder Judiciário e OAB-PI, que também não enviaram representantes ao debate.O deputado Antonio Uchoa (PDT) lamentou a ausência dos representantes a discussão. A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Eulálio Pinheiro, enviou ofício ao presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Antônio Félix(PSD), comunicando que não poderia comparecer.

O primeiro ma falar foi o presidente da Associação dos Merceeiros e Proprietários de Mercadinhos de Teresina – AMPM, José Milton de Carvalho Ferreira, que fez um desabafo da situação em que se encontra sua classe no tocante à falta de segurança. Ele exibiu um vídeo com depoimentos emocionantes de vítimas dos bandidos, comerciantes recém assaltados chorando e uma viúva que não sabe mais o que fazer da vida para pagar as dívidas deixadas pelo marido vitimado pelos ladrões.

E todos se sentindo impotentes por que os poucos bandidos presos pela PM são soltos logo em seguida. José Milton disse que apenas 20 por cento dos assaltos aos pequenos comércios são registrados no Distritos Policiais. “O restante não se dá ao trabalho porque sabe que não serão apurados”, disse José Milton, que lamentou ainda que a OAB nunca tenho se preocupado com as vítimas dos assaltantes em Teresina, “mas está sempre apostos na hora de defender um bandido. Não existe defesa de direitos humanos pras vítimas. Nunca visitaram a viúva ou o comerciante que estão chorando”, arrematou.

Omissão


Igualmente revoltado com a situação em que se encontram os comerciantes teresinenses falou o deputado Antônio Uchôa, que culpou diretamente o secretário de Segurança Robert Rios pela indiferença com que age a polícia civil do Estado. Ele citou seu próprio exemplo de quando quebraram o vidro de seu carro e levaram uma pasta com documentos. “Desde o registro do BO, feita por um agente sonolento, até a falta de ação do delegado para investigar quem havia praticado o roubo foi uma total demonstração de indiferença”, disse o deputado.

Três meses depois encontraram sua carteira de cédulas dentro de uma bolsa de mulher, num matagal, que havia sido assaltada no mesmo dia pelo mesmo bandido. E nada de pasta e menos ainda de documentos de sua empresa. E ainda hoje não consegue explicar à sua esposa como sua carteira foi parar na bolsa de uma mulher. Uchôa afirmou que o secretáro “prefere estar nas emissoras de TV querendo aparecer dando uma de desmantelador do crime organizado, quando todos sabemos que quem fez isto foi o governador Mão Santa. Ele deveria se preocupar era com a falta de ação da polícia para prender os ladrões dos pequenos comerciantes. Por isto os ladrões estão tranqüilos por saberem que, se depender de Robert Rios, eles não serão incomodados”.

Também falaram o advogado da Associação dos Merceeiros, Humberto Evangelista, o comandante do Policiamento da Capital, coronel Alberto Sena; e o representante dos pequenos comerciantes da zona Sul, José da Cruz. O advogado reconheceu a omissão da OAB por não ter mandado representante à audiência pública e por se preocupar mais em defender os bandidos do que às vítimas. Disse ainda que a Polícia Militar faz sua parte, mesmo sendo atrapalhada quando leva bandidos aos distritos policiais; e o coronel Alberto falou dos ações da PM para prevenir os assaltos, embora lamentando que a Polícia Civil não tenha se preparado para atender a demanda gerada com as ações do militar. O coronel Alberto também falou da prevenção social que é feita através do pelotão mirim, batalhão escolar e o Proerd, um programa que consiste na orientação dos estudantes quanto ao uso de drogas.
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